Clubes fazem pelo sentimento nacional o que a seleção já não consegue mais

Orgulho. Depois de muitos anos fui capaz de lembrar de um sentimento perdido em relação ao futebol: orgulho de ser brasileira. Orgulho que começou vendo o Fluminense jogar contra o Borussia e se aprofundou na vitória do Botafogo por um a zero contra o poderosíssimo PSG. Aquela emoção única que é a de vencer o imperialismo, ainda que simbolicamente. De mostrar quem somos e o que podemos. Torci pelo Botafogo sem planejar fazer isso. Torci levada por esse sentimento que estava adormecido. São anos sem conseguir me emocionar nesses termos com a seleção; um time que não me diz mais nada porque não me representa.
Mas agora lá estamos nós, os esquecidos, os saqueados, os explorados, mostrando que somos melhores do que os que nos causaram tanto mal. Melhores sem badalação. Melhores sem que eles saibam quem somos. É a nossa vantagem competitiva: a gente conhece bastante bem os grupos que nos ameaçam. É a regra da dominação: aquele que domina não conhece o dominado; mas o oposto não é verdadeiro. Vitinha não sabia quem era Marlon Freitas. Agora sabe.
O Botafogo continuou o trabalho que o Fluminense começou. Que sigamos nesse tom e com essa força. Depois do que fizeram Fluminense e Botafogo, tudo passa a ser possível.
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