Neymar parece acreditar que a paciência da torcida do Santos é infinita
Neymar revelou com orgulho de que por pouco não foi jogar a Copa do Mundo pelo Fluminense. Mario Bittencourt, o presidente tricolor, deu detalhes dessa conversa. Tudo com muito carinho e respeito entre eles. Faltou apenas pensar na santista e no santista. Esses que pararam a cidade para receber Neymar e depois se meteram em brigas e tretas com quem ousou criticá-lo.
Logo depois da chegada e da estreia, foi só amor envolvido. Aí veio a contusão, a ida ao Carnaval, a falta que fez ao time na semi-final do Paulista, a expulsão absolutamente infantil no penúltimo jogo antes do contrato se encerrar. E a torcida exercitando sua paciência e fazendo ginástica verbal para seguir argumentando em defesa do craque.
Quando tudo parecia estar se acalmando, surge a informação sobre o Fluminense. Dada por Neymar mesmo, entre sorrisos, daquele jeito maroto que é só dele. Uma diversão. Todo mundo quer Neymar. Ou pelo menos é nessa história que o staff do jogador quer que acreditemos.
E o Santos nisso? Fazendo papel de bobo.
Acho que foi esse o momento em que a torcida pensou: a gente ama o Neymar, mas ele não é maior do que essa camisa.
Agora, Neymar pai avisou que tem time lá no norte da América que estaria a fim do filho. E os dois estariam escutando tudo o que chega porque precisam avaliar o futuro. Nem uma palavra sobre o Santos, a importância do Santos na vida deles, o amor pelo Santos. Outra vez é um dane-se ao time que o revelou e o acolheu quando ninguém o queria. Pode ser, claro, jogada para incrementar ainda mais os valores do contrato que está para ser renovado. Mas, se for isso, está sendo feito às custas do afeto e do carinho que a torcida santista tem por Neymar. É triste, mas não deveria surpreender ninguém. Esse é Neymar. Esses são os Neymar. Vivem por eles e para eles, sem nenhuma intenção de se enxergarem dentro de uma coletividade - seja ela um time, um bairro, uma cidade ou um país.
Opinião
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