Real Madrid estreia e premia quem não viu o jogo

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Foi contra o saudita Al Hilau. Um jogo sofrível com índice de competitividade nível amistoso pré temporada. Elencos andando em campo, passes mal trocados, vontade faltando. Vini e Rodrigo estavam lá de corpo presente, mas o download da alma não foi feito antes da partida. O time saudita tampouco jogou bem, mas dele não esperávamos nada mesmo. A questão é saber que tipo de interesse o Real será capaz de mobilizar nessa disputa. Pelo jogo inaugural, começamos a temer que a resposta é: nenhum.
Compreende-se a desmobilização. A temporada do Real foi competitiva e acabou. Assim como a dos europeus. Verdade que a quantidade de jogos do calendário deles não se compara a nossa, mas existe o componente emocional de você se preparar para um fim que, esse ano, não foi exatamente o fim. É como correr uma maratona e na linha de chegada saber que terá que correr mais cinco quilômetros. Tem uma desmotivação automática que vem com esse esforço extra.
O único europeu que correu como correu durante a temporada foi o PSG de Luis Enrique. Com uma menção honrosa ao Bayern, que fez 10 gols contra um time fraquíssimo. Os demais se mostraram fora de tom, negligentes e até completamente ignorantes em relação a seus adversários. Vitinha, por exemplo, não sabe quem é Marlon Freitas. Karambeu, do Real, disse mais ou menos isso sobre Edilson Capetinha e acabou sabendo quem era o corintiano da pior forma possível. Foi em 2000 durante o Mundial de clubes no Brasil. O futebol pune a arrogância como poucas coisas na vida são capazes de fazer.
Aos 44 do segundo tempo, penalti para o Real. Perdido. Quando um time não quer jogar, não há força cósmica que o faça jogar. No final, um a um. Ganhou quem foi fazer outra coisa da vida e não viu a pelada.
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