Já sabe o que sentir em relação à Copa do Mundo de clubes da Fifa?
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Estou me relacionando de forma caótica com a Copa do Mundo de clubes da Fifa. Lidar com a bizarrice de um encontro entre Fluminense e Borussia, por exemplo, é da ordem do absurdo. Mas, como diz meu amigo Marcelo Mendez, amar esse jogo é estabelecer um compromisso com o absurdo. Então vamos nessa.
O jogo do Palmeiras contra o Porto me fez acreditar que esse torneio pode pegar no tranco de alguma forma e acabar sendo legal. Mas há outras partidas, sem vida e esvaziadas de qualidade, que me dizem o contrário. Saber que a Fifa inventou esse campeonato apenas porque queria mais dinheiro desanima, claro. Passou por cima de calendários, ignorou temporadas terminadas e excesso de jogos para a classe de atletas, assim como o cansaço e o calor. Negócios, enfim.
Fez tudo isso apostando na nossa infinita paixão. Quem vai querer deixar de ver encontros improváveis como esses?
Bem, talvez algumas pessoas não queiram mesmo ver e nem tenham mais espaço para torneios extras. E talvez esse campeonato não consiga entrar na agenda das nossas paixões. Vai soar forçado e o cansaço dos times europeus vai aparecer como falta de motivação. A ridícula entrada em campo, estilo NBA, e os DJs que berram sem parar como se estivessem num rodeio não ajudam a causa da Fifa. Fica cafona e espetacularizado além da conta. Bem aos modos da cultura estadunidense que, aliás, gosta de futebol tanto quanto nós gostamos de corridas de cavalo.
Classificação e jogos
Mas talvez sejamos capazes de superar essas ridicularidades e a Copa do Mundo de clubes acabe fazendo a nossa cabeça. É cedo para sabermos. Teremos que ir jogo a jogo, fase a fase. O bacana é que não temos como perder. Se a gente curtir, então vai ser mais uma experiência futebolística legal. Se acabar micado, então dane-se a senhora Fifa que ignora o fascismo, que não se acanha em dar as mãos a ditadores e muito menos apoiar a escalada autoritária de Trump e dos Estados Unidos.
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