Milly Lacombe

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OpiniãoEsporte

Calor extremo e protestos sociais intensos darão o tom da Copa do Mundo

Um país em chamas encarando a possibilidade do decreto de estado de emergência. Um presidente negacionista que acelera políticas públicas do fim do mundo. Mexicanos erguendo bandeiras do México em canteiros de construção civil e convocando a classe de trabalhadores imigrantes para a luta. Povo tomando as ruas para defender o direito à imigração. Forte repressão a manifestações. O fascismo e o estado-policial que com ele sempre vem com as garras para fora. Temperaturas escaldantes que devem quebrar recordes históricos. Tudo isso estará pelo caminho dos clubes que disputam a inaugural Copa do Mundo. Uma ideia da FIFA para ganhar um dinheirinho extra.

Não há como prever o que esse torneio vai ser, especialmente nessas condições. Pode ser que a gente se divirta, que os jogos sejam ótimos, que esse encontro global de clubes passe a ser regular e disputado e que o cenário de colapso iminente passe à margem ou seja ignorado por aqueles a quem foi dado o direito de transmissão. Afinal, todos querem poder renovar esse direito.

Mas pode não ser nada disso. Os protestos podem ganhar força, Trump deve mandar mais tropas para atirar contra a população nas ruas, o calor e a secura vão intensificar queimadas, o cenário distópico está desenhado. Se essa tempestade perfeita acontecer, o campeonato da FIFA vai ser um vexame e o mundo inteiro vai ver.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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