Clubes que agora se rebelam foram os que reelegeram Ednaldo por unanimidade
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Vinte clubes de futebol das séries A e B decidiram boicotar a proclamação de Samir Xaud à presidência da CBF. Eu acho mais é bom. Torço pela briga. Já escrevi aqui que o momento pede ruptura radical e não conchavos e conciliações. Mas me intriga saber o que teria mudado na cabeça desses dirigentes que agora reclamam da forma como nosso futebol é gerido se até ontem estava tudo bem e Ednaldo era celebrado a ponto de ser reeleito com festa? Dormiram Ednalistas e acordaram revolucionários? Que diabo é isso?
Esses queridos dirigentes teriam que se explicar e contar para todas e todos nós por que se transformaram de dedicados apoiadores a enfurecidos opositores. A CBF estava aí, com todos esses problemas que eles agora apontam com força. Queremos ética! Transparência! Decência! E aí, minha gente? Conseguem nos explicar a mudança de postura da noite para o dia?
As notícias de que Textor teria se curvado a Samir Xaud depois de acordos feitos em Brasília deveriam surpreender um total de zero pessoa. Esse é o executivo gringo que chegou aqui botando banca e dizendo que ia limpar nosso futebol da corrupção e da manipulação. Nunca provou nada do que disse ser verdade sobre nosso futebol e segue badalado. Leila Pereira está votando de forma coerente. Concordo com ela? Não, de forma alguma. Acho Xaud uma notícia péssima para nosso maltratado futebol. Mas ela não foi uma das que dormiram legalista e acordaram ativista. Critiquem pelo que for, mas incoerência não vai colar aqui. Leila deve menos explicações do que aqueles que mudaram de lado.
Era, repito, hora para uma ruptura radical. Mas não haverá porque para isso a indignação dos dirigentes deveria ser honesta. Todos os envolvidos têm suas agendas, seus interesses, seus conchavos. E essa agenda não está em desacordo com o que fazia Ednaldo Rodrigues no comando. Pelo contrário. Pegar lado decente e moral nessa disputa é votar pela continuidade, seja com Xaud ou com Bastos. Hora de romper por completo e refundar o futebol brasileiro.
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