Está oficialmente inaugurada a paranoia coletiva

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Bruno Henrique não seria um lobo solitário que se achou o mais malandro dos homens e supostamente resolveu ganhar umas migalhas manipulando apostas online. Migalhas, claro, porque quem tem um salário de milhões não pode achar que uns dez mil reais valham o risco de colocar fim a uma carreira de sucesso. E lá teria ido Bruno Henrique, o brincalhão, tirar uma onda com cartões amarelos. Todos se divertem. A vida fica mais alegre.
Outros suspeitos são Lucas Paquetá e Luiz Henrique. Quem mais? Porque nem o mais ingênuo entre nós pode acreditar que esses seriam caras supostamente agindo de forma isolada. A partir de agora a aplicação de cartões injustos vai ser colocada na âmbito da suspeita. A falta da aplicação de cartões justos igualmente. Vamos ficar todos paranoicos.
E o corpo de arbitragem, que tem o poder de aplicar ou deixar de aplicar cartões? Como seguiremos olhando para eles do mesmo modo? Sim, a qualidade é baixa, mas e aí? O que separa o malandro do mal preparado?
É indecente que possamos apostar em coisas como cartões e faltas. Se não vamos nos livrar das apostas deveríamos tentar regulá-las. Apostar em ações que possam ser tão facilmente manipuladas deveria ser proibido. Virou bagunça. Vamos apontar o dedo para o inocente e aplaudir o malandro. Os trouxas somos nós, não resta a menor dúvida. Agora, além de trouxas, também paranoicos.
O futebol está contaminado. Vai vendo sua natureza sangrar pelo gramado. Uma pena, uma lástima, um desperdício. Ler a troca de mensagens entre Bruno Henrique e seu irmão é bastante triste. Que tremendo vacilo, Bruno Henrique.
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