Milly Lacombe

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OpiniãoEsporte

Fluminense não acha porta de saída de seu inferno particular

O Fluminense é o 10º colocado no Campeonato Carioca, que abriga 12 times. Para piorar, o Fluminense se mostra incapaz de jogar bem. O comportamento furioso de Mano Menezes à beira do gramado mostra que ou ele perdeu o contato com o elenco que não consegue fazer o que ele pede ou que ele perdeu a capacidade de montar esse time de forma minimamente razoável. Mano, aliás, nem parece estar com raiva nas coletivas. Ele parece entristecido, desesperançoso, desestimulado.

A chance de que, diante de uma derrota para o Vasco, ele seja demitido não é irreal. Mas e depois? Renato Gaúcho? Tite? Há nomes fortes na beira da praia esperando por um chamado. A questão é: quem vai conseguir fazer desse elenco um time? O elenco está longe de ser ruim. Mesmo sem Ganso e Renato Augusto há opções que vêm da base: Isaac e Riquelme. Por que não usá-las? Por que Mano não dá passagem a esses jogadores que sabem fazer a ligação entre defesa e ataque?

O clássico contra o Vasco nessa quarta-feira 5 de fevereiro talvez seja mais importante para Mano do que para o Fluminense. A chance de ir às semis da Taça Guanabara são remotas, quase um milagre. Ganhar é importante para dar fôlego à construção de um time para o ano. Perder é, tudo indica, o fim da linha para Mano nessa passagem pelo Fluminense.

A renovação de John Arias é a notícia boa nesse oceano de incertezas e falhas. Sem Renato Augusto (operou o ombro e não tem data para voltar) e Ganso (inflamação no coração e sem data para voltar), o colombiano está jogando fora de posição, o que me parece não ser bom para ninguém. Se Lima voltar (desgaste muscular), Arias pode ocupar o lugar que mais gosta no jogo: o canto do campo. Se Mano escalar Riquelme, o time pode ganhar criatividade. Que o Fluminense encontre uma rota de fuga desse inferno que começou há um ano.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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