Não chegar à final de mundial é o novo normal
Foi-se o tempo em que o time brasileiro que viajasse para o oriente tinha lugar cravado na final do mundial de clubes. Durante um tempo, ir à final nem era uma questão. Tratava-se de um jogo só entre o campeão da América e o campeão da Europa. No ano 2000, a Toyota saiu, e a Fifa inovou. Outros times, outros continentes, torneio com semifinal e final. Por um período, os brasileiros passavam relativamente bem pelo primeiro jogo e rumavam tranquilamente para a final. De repente, tudo mudou. Inter, Galo, Palmeiras, Flamengo caíram antes da final para times considerados muito inferiores. Escândalo. Motivo de tiração de sarro, memes, deboches.
Agora, além da semifinal, os brasileiros precisam jogar as quartas de final. Um rebaixamento descarado imposto pela FIFA. O campeão europeu segue direto e reto para a final. O Botafogo foi o primeiro time a ter que passar pelas quartas de final. E de cara caiu para o mexicano Pachuca. Vexame? Eu acho que longe disso.
O Botafogo estava esgotado. Ganhou a Libertadores, dias depois teve que jogar o Brasileirão encarando mais uma final. Venceu, levantou a taça e foi para o aeroporto cruzar o oceano para disputar o mundial que agora se chama Intercontinental. Diante dessa correria, perder era absolutamente normal.
Mas a verdade é que não somos mais assim tão favoritos para chegar à final. Longe disso. E, desde 2012, os brasileiros que conseguem chegar à final, perdem. O Corinthians foi o último brasileiro declarado campeão mundial de clubes.
Nesse cenário, o que esperar do Super Mundial de Clubes, que vai ser disputado de quatro em quatro anos e começa em 2025? Quando vimos a tabela, a conta que fizemos automaticamente foi a de "deixa ver aqui quantos europeus existem no grupo do meu time". Como se apenas os europeus fossem rivais perigosos. Não é bem assim que a banda tem tocado. Clubes africanos, clubes árabes, clubes mexicanos e clubes de menor expressão têm nos vencido ou, na melhor das hipóteses, dado bastante trabalho para serem superados.
Não somos assim tão imbatíveis e precisamos encarar essa realidade. Foi-se o tempo em que apenas o campeão da Europa metia medo na gente. E foi-se o tempo em que o Brasil era, a nível de clubes ou seleção, uma unanimidade mundial.
48 comentários
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Justino Luiz dos Santos Finardi
Foi vexame sim, aliás, muito vexame. A imprensa não fala que o Botafogo tem o melhor elenco das Américas ? Então podia jogar com os reservas e mesmo assim ganharia fácil do time mexicano que ficou em 16o lugar de um campeonato de 18 times, certo ? Pior que o calendário brasileiro é a passada de pano que a imprensa dá nos seus queridinhos
Joselito Casadei
Vdd , só ver a seleção BR , que empata com a Venez , perde pra Marrocos , e a última vitória contra Europeus em Copa foi contra , acho que a Alemanha em 2002 , então, não é novo normal , é normal faz tempo , abs
Oscar Hipolito
Vexame sim senhora. Para um glorioso duplamente campeão, o vexame foi ainda maior. E chega de desculpinhas esfarrapadas. Perdeu feio como um timinho para um dos piores times mexicanos no momento.