O jogo mais triste e constrangedor dos últimos tempos
Galo e Furacão. Estádio vazio por causa de punição ao mandante. Nas caixas de som, o solitário DJ meteu o grito da torcida. Na ausência da massa, escutávamos as comissões técnicas falando sem parar e, ao fundo, a gravação da voz da torcida nos alto-falantes. Tentei puxar pela memória alguma situação mais triste do que essa nesse campeonato e não achei. Pancadaria dá raiva; esse tipo de acontecimento dá tristeza.
Tudo piorava porque o jogo era terrivelmente ruim. O empate, em tese, manteria ambos os times na série A. Isso, claro, se os resultados esperados se confirmassem: Palmeiras vencer o Fluminense, Bragantino não vencer o Criciúma.
Mas o Flu fez seu gol, o Bragantino abriu dois a zero e o Furacão estava sendo rebaixado. O empate não bastava mais. E agora? Torcida era para a partida ganhar alguma emoção, um vestígio que fosse. Mas não. Os jogadores seguiam em seu ritmo modorrento.
O vazio da arquibancada, misturado ao som fabricado pelo DJ, compunha a estética de um fracasso. Dois fracassos. O Athletico-PR chegou a liderar esse mesmo torneio e o Galo doido esteve, há alguns dias apenas, em duas finais de torneios importantes. E agora protagonizavam esse jogo triste e envergonhado.
O Galo ganhou porque teve um penalti a seu favor. Hulk perdeu a cobrança mas Rubens aproveitou o rebote. Furacão rebaixado.
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