Piquet: De piloto renomado a chofer de Bolsonaro condenado por racismo

Nelson Piquet foi condenado em primeira instância por racismo e homofobia. Vai ter que desembolsar 5 milhões para ficar quite com a justiça.

Claro que o ex-piloto deve recorrer da sentença, mas a notícia até aqui é excelente aos que sonham com um mundo mais justo.

Nelson Piquet, assim como seu amigão Jair Bolsonaro, parece acreditar ferozmente em um mundo dominado por pessoas como eles.

Ver Lewis Hamilton - o objeto de suas declarações racistas - entrar para a história como um dos maiores - senão o maior - piloto de todos os tempos foi demais. Resolveu chamar o automobilista de "neguinho" numa tentativa infantil, tosca e vulgar de diminuí-lo.

Hamilton é o único piloto negro na F1 e, mesmo assim, é multi-campeão. Diante de tanto talento, Piquet não se conteve e deixou sair seus monstros publicamente. Foi justamente condenado.

A imagem que tenho de Nelson Piquet é a do dia em que ele choferou o ex presidente Jair Bolsonaro num desfile de sete de setembro.

Ele ao volante do conversível, o ex-presidente acusado de dezenas de ações criminosas que vão desde a prática de genocídio a incitação a golpes de estado passando por charlatanismo e falas de ódio, no banco de trás.

Piquet e Bolsonaro são amigos que compartilham dos mesmos valores e ideais.

Para que uma sociedade mais justa se construa, homens como esses precisam ser colocados em seus devidos lugares, que inclui serem responsabilizados pelos crimes que cometeram.

Demos um pequeno mas importante passo com a condenação de Piquet em primeira instância.