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Novo uniforme da seleção: crise que era ética passa a ser estética
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No dia 6 de agosto o site Footy Headlines vazou o uniforme da seleção para a Copa que vai ser jogada na ditadura do Qatar. Dois dias depois, a CBF lançou oficialmente os novos uniformes confirmando a triste notícia vazada.
Sou da opinião que a camisa amarela é irrecuperável mesmo se uma versão bonita for criada, o que não parece ser o caso.
O amarelo empalideceu e os detalhes na gola me soam como firulas cafonas.
Além de ter sua imagem associada a um golpe de estado, a camisa amarela é agora feia: a crise que era ética passa a ser também estética.
Mas, fica com a segunda camisa a nota mais amarga: conseguiram enfeiar o que é bastante difícil de ser enfeiado, que é o uniforme azul da seleção: uma confusão de enfeites e cores na manga e um tom de azul que não é o do céu nem o da água.
Entre o feio e o medonho, a camisa preta de goleiro se salva.
Se eu tivesse algum poder de decisão, aposentava essa amarela por tempo indefinido e ou voltava com a branca de 1950, ou criava uma verde novinha em folha.
Um país que precisa ser refundado merece uma camisa totalmente recuperada e desassociada de golpes, golpistas e de fascistas.
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