Milly: De quanto tempo Sylvinho precisa para tirar música desse time?

O Corinthians perdeu para o São Paulo num jogo em que apenas o São Paulo entendeu onde estava: num dos maiores clássicos do futebol brasileiro.

Contra a motivação são-paulina, o Corinthians ofereceu sonolência. Contra a intensidade, ofertou desorganização. Contra a vontade que sobrava do lado tricolor, disponibilizou dispersão. Perdeu, e não poderia ser diferente.

Sylvinho segue imprimindo uma cadência lenta e prosaica num time em que boa parte do elenco é composta por jovens velozes e dribladores. Misturados a eles, talentos experientes e muito acima da média, que poderiam organizar a correria e fazer desse combinado um time criativo, rápido, intenso, motivado, competitivo. Um dos melhores do Brasil.

Dava para tirar uma música emocionante dessa mistura boa, dessas notas afinadíssimas, mas, até aqui, só tem barulho e promessas.

Um time como esse que Sylvinho tem em mãos não pode funcionar na cadência futebol retrô, sem nenhum tipo de encantamento, sem ritmo, sem finalizar constantemente. Passou da hora de vermos esses jogadores tão acima da média oferecendo um espetáculo compatível com o que são capazes de fazer.

E Jô, com todo o respeito e com as devidas honras pelos serviços prestados, não está em condições físicas para compor esse elenco.