Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Nasce um ídolo no Galo
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Nacho Fernandez é um jogador diferente. É meia, é atacante, é centro-avante e tem uns tiques de segundo volante. Corre o jogo inteiro e se coloca intuitivamente nos lugares certos nas horas certas. Desde sua estreia no time mineiro, em março contra o Coimbra, participou de todos os gols feitos pelo time até aqui, a exceção do terceiro contra o América (já tinha sido substituído)
Veio do argentino River Plate, de onde saiu como ídolo. E quem gosta do futebol argentino sabe que não se torna ídolo de um time como o River impunemente.
O que tem me impressionado em Nacho é o jeito criativo de se colocar em campo: ele aparece quase sempre desmarcado, sem a bola marca incansavelmente e, na entrada da área, tem um estilo parecido com o de Alex, que foi ídolo no Coritiba, Cruzeiro e Palmeiras, e também com o de Ricardinho, que jogou no Corinthians e no São Paulo. Se posso seguir com as comparações absurdas, Nacho me parece às vezes uma improvável mistura de Paulo Isidoro, Toninho Cerezo e Reinaldo - ídolos de um Atletico histórico.
Na vitória por 3x1 contra o America no domingo 4 de abril Nacho fez dois gols. Tem sido um prazer ver o argentino jogar.
Se ele for tudo isso mesmo, e o time de Cuca encaixar, nasce um ídolo para o torcedor do Atlético.
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