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Anderson Talisca detalha relação com a música e nova carreira como cantor

Acostumado a brilhar nos campos, Anderson Talisca poderia ter tido uma carreira bem diferente de um jogador de futebol.

Apaixonado por música desde a infância, o meia-atacante do Fenerbahçe iniciou um projeto como cantor de trap e concilia a vida de música com a de atleta. Anderson, no entanto, não gosta de misturar as personalidades Talisca, jogador, com Spark, cantor.

Em entrevista ao Zona Mista do Hernan, programa do Canal UOL, ele explicou como é sua relação com a música desde os tempos da escola até o momento em que teve que seguir apenas com a carreira de jogador.

"Eu fazia música no colégio porque, para ganhar a bolsa de estudos, tinha que fazer música, então foi algo que eu aprendi. Sou um percussionista, toco tudo de percussão, e eu só consegui estudar por causa da música, então tenho uma gratidão muito grande pela música. É algo que eu carrego para a vida e ajudo famílias através da música também."

Não costumo misturar, porque são duas personalidades completamente diferentes. Nenhuma gosta de falar da outra, mas o Anderson fala dos dois.
Anderson Talisca ao Zona Mista

Através da música, Spark tenta auxiliar novos artistas para que consigam espaço na cena atual. Além disso, também procura um tempo na carreira de atleta para produzir novas obras.

O álbum "Notas", lançado em 15 de maio, é o último lançamento do trapper e conta com participações de outros artistas do mesmo estilo.

"Ser um atleta e ter tempo para se dedicar à música não é fácil. Alguns jogadores chegaram a fazer música mas não tiveram o reconhecimento esperado, até por uma certa resistência do público. Mas o meu trabalho é totalmente diferente, eu ajudo famílias com isso, tenho minha gravadora que acaba ajudando outros artistas, algo diferente do que já vimos no Brasil de atletas que fazem música", afirmou o jogador de 31 anos.

Baiano de Feira de Santana, Talisca tem influência de sua música conterrânea - como Gil e Caetano - na hora de produzir novos sons, mas acaba se assemelhando com o trap atual, seja brasileiro ou internacional.

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Hoje, eu gosto muito do Matuê, que é o estilo que eu faço, um trap com R&B, gosto muito de Luccas Carlos, de Teto, BIN, artistas que são parceiros meus e eu curto bastante. Alguns americanos também, como Chris Brown. Escuto um pouco de tudo, mas eu gosto mais de R&B.
Anderson Talisca

Outro jogador que tem feito sucesso no futebol e no mundo da música é Memphis Depay, atacante do Corinthians. Após chegar no Brasil, o holandês lançou o EP "Falando com as Favelas" em parceria com MC Hariel, além de já possuir outras faixas de sua autoria.

Talisca brincou sobre uma possível dupla com o holandês nos campos e no estúdio, visto que foi sondado pelo Corinthians recentemente.

Acho que a torcida ia gostar bastante, mas primeiro a entrega teria que ser no campo. Ia sair uma música legal.
Anderson Talisca

Com a paixão pela música semelhante ao amor pelo esporte, Anderson Talisca não se vê no mundo do futebol após a aposentadoria como jogador, já tendo planos para seguir com a carreira como Spark.

Já fui trilhando esses caminhos desde que era pequeno. Quando eu fui para o Bahia fazer um teste, que era para ficar sete dias e fiquei sete anos, eu disse para minha mãe que ia voltar a fazer música. E ela me falou: 'Filho, aproveita a oportunidade que você está tendo que um dia, lá na frente, você vai ter essa possibilidade de mostrar sua arte'.
Anderson Talisca

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O Zona Mista do Hernan, apresentado pelo colunista do UOL, André Hernan, vai ao ar todas as semanas no canal do UOL Esporte no YouTube.

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