Ocupar espaço na mídia: a estratégia de Jesus para assumir a seleção
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"Na comunicação, assim como no futebol, você precisa ocupar o quanto antes o espaço vazio, caso contrário o adversário vai ocupá-lo."
A (inteligente) reflexão acima pertence ao português Luís Miguel Henrique, amigo de longa data e advogado de Jorge Jesus, que voltou a usá-la recentemente no Brasil, quando aproveitou as férias no Rio de Janeiro para participar no Charla Podcast.
Eu já havia escutado a mesma declaração tantas outras vezes em solo português. Tamanha familiaridade com tal ideia ajuda a compreender na perfeição a estratégia de Jorge Jesus de fazer questão de reforçar que não tem problemas hoje com Neymar e, com isso, ganhar (ainda mais) força para assumir a seleção brasileira.
Com o sonho de ser o sucessor do demitido Dorival Júnior, Jesus não tem medido esforços para afastar qualquer crise com o camisa 10. Por isso, nas últimas semanas procurou diversos jornalistas brasileiros credíveis e/ou com notoriedade para fazer passar a mensagem. Ou seja: ocupar espaço na mídia com a sua versão.
JJ acredita, de fato, que está de bem com atacante brasileiro, com quem trabalhou nas duas últimas temporadas no Al-Hilal. Confia que todo e qualquer estresse entre eles está resolvido.
Neymar, por sua vez, ficou mesmo chateado com os contornos da saída da Arábia Saudita e, sobretudo, quando ouviu da boca do português que não estava fisicamente apto para jogar em alto nível.
Não sabemos de todo, entretanto, se o craque brasileiro já superou tudo isso e, consequentemente, está disposto a abraçar a possibilidade de Jesus assumir o posto deixado por Dorival.
Uma coisa é certa: Jorge Jesus quer muito o Brasil - e eu admito que é a melhor a opção. Quer tanto que está decidido a abrir mão do Super Mundial de Clubes nos Estados Unidos para ficar à disposição da CBF, muito provavelmente já em maio.
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