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Ucrânia: seis brasileiros não devem avançar com negociações neste momento

Pedrinho é um dos jogadores mais badalados do Shakhtar no mercado - Stanislav Vedmid/DeFodi Images via Getty Images
Pedrinho é um dos jogadores mais badalados do Shakhtar no mercado Imagem: Stanislav Vedmid/DeFodi Images via Getty Images

Bruno Andrade

Colunista do UOL

11/03/2022 13h21

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*Com Marcelo Hazan

À espera de resguardos jurídicos mais detalhados e também de maiores explicações da Fifa, pelo menos seis brasileiros que atuam no futebol ucraniano não devem avançar nos próximos dias com qualquer negociação mais concreta: Dodô, Marlon, Pedrinho, David Neres e Fernando, do Shakhtar Donetsk, e Vitinho, do Dínamo de Kiev.

Todos têm em comum instruções semelhantes dos advogados nos bastidores, apesar de não partilharem o mesmo empresário. Em parceria ou de forma direita, Giuliano Bertolucci trabalha com Dodô, Marlon, Pedrinho, David Neres e Vitinho. Já Fernando é agenciado por Nick Arcuri.

Neste momento, a leitura sobre o comunicado da Fifa, que suspendeu até junho deste ano o contrato dos atletas que jogam na Ucrânia e Rússia, ainda é confusa e requer mais garantias. O mesmo vale para a abertura em regime de exceção das janelas de transferências na Europa.

Outro ponto determinante para o compasso de espera é a visão inicial de que, se a guerra na Ucrânia durar mais um ou dois meses, a Fifa deve começar a ser acionada por diversos lados para proteger o direito de trabalho dos profissionais e, com isso, decidir por eventuais rescisões unilaterais. Assim, os atletas ficariam livres para assinar por até cinco anos com quaisquer clubes.

Com inúmeras sondagens de vários pontos da elite brasileira, Dodô, Marlon, Pedrinho, David Neres, Fernando e Vitinho, ainda que viessem a considerar o que está decidido no dia de hoje pela entidade máxima do futebol mundial, são alvos interessantes para o mercado europeu e dificilmente optariam pelo Brasil. Todos preferem aguardar por ofertas oficiais do Velho Continente.

Até para não criarem nenhum problema jurídico e também expectativas elevadas nos torcedores, os seis nomes em questão, que estão no Brasil desde a semana passada com as respectivas famílias, foram aconselhados a não treinar nas instalações de clubes. Vão manter a forma com a supervisão de profissionais particulares.

Com 13 jogadores de origem brasileira no elenco principal, o Shakhtar Donetsk, por sua vez, autorizou recentemente alguns intermediários de confiança a buscarem propostas (de empréstimo e também de venda). A permissão, no entanto, não contempla Dodô, Marlon, Pedrinho, David Neres e Fernando.