Texto baseado no relato de acontecimentos, mas contextualizado a partir do conhecimento do jornalista sobre o tema; pode incluir interpretações do jornalista sobre os fatos.
Marília Ruiz: Seleção acende alerta e aumenta blindagem antipolítica
A final dos sonhos de qualquer campeonato de futebol é motivo de alegria dos organizadores dos torcedores e... dos políticos que apostaram na Copa América no Brasil. E esse problema já foi identificado no núcleo duro da Seleção, que quer se afastar de ser, digamos, "usada". Um Neymar x Messi supera gramados ruins, campeonato sem importância esportiva, jogos com pouquíssima repercussão internacional (concorrer com a Eurocopa foi realmente uma ideia fraquíssima).
Parece que faz anos, mas lembrem-se que essa Copa América, começou com ameaça de boicote, com uma malsucedida articulação de estrelas de várias seleções desinteressadas em disputar o torneio, com um "manifesto" brasileiro esvaziado e, evidentemente, com uma CBF sem seu presidente, afastado depois de articular a "importação" dos jogos que seriam em sedes na Argentina e na Colômbia - que desistiram da organização do evento no momento em que a América do Sul era/é o epicentro da pandemia do coronavírus no mundo.
Alertada sobre a possibilidade da presença de políticos e dirigentes interessados no brilho da taça a ser disputada no próximo sábado, a comissão técnica já se preocupa com as perguntas políticas do pré-jogo e, pior, com a presença de políticos no estádio e nas premiações.
Além de querer evitar ser usada pelos políticos profissionais que apostaram na Copa América, há também uma questão mais umbilical: a falta de comando claro na CBF tem feito aparecer aqui e ali novas lideranças interessadas na sucessão de Rogério Caboclo, cujo afastamento foi ampliado pela comissão de ética e que já é alvo de investigação do MP por assédios moral e sexual.
Antes da atual crise, na conquista de 2019, Tite já havia se incomodado com a presença do presidente Jair Bolsonaro no pódio do Maracanã. Na ocasião, Tite o evitou, apesar de muitos jogadores fazerem questão de posar com o presidente, que ostentava a taça pelos quatro campos do gramado. Agora os próprios jogadores (quase) se rebelaram por terem sido usados na calada da noite... O (não) manifesto pode não ter sido claro oficialmente, mas nos bastidores ficou claro que, ligações políticas à parte, no momento de superpolarização política no país, os atletas rechaçaram terem sido usados para disputar a Copa América no país da falta de vacinas, da CPI, da briga Bolsonaro x jornalistas, etc e tal.
A informação oficial é que está proibida a presença de pública.
A informação oficial é que, pelo protocolo (dito rígido) da Conmebol, não será permitida pessoas não credenciadas e habilitadas para estarem A TRABALHO no Maracanã.
Isso não apazigua as dúvidas da Seleção obviamente.
A Conmebol é a mesma que informou de um dia para outro que a Copa América aconteceria no Brasil com um post em que agradecia o então presidente da CBF e o presidente do Brasil.
Política e futebol, apesar de muitos fingirem não acreditar, não se largam...
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