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Marília Ruiz

REPORTAGEM

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Diretoria corintiana discute desempenho e escolhas de Mancini

Vagner Mancini comanda o Corinthians em jogo contra o Ceará no Brasileirão 2020 - Marcello Zambrana/AGIF
Vagner Mancini comanda o Corinthians em jogo contra o Ceará no Brasileirão 2020 Imagem: Marcello Zambrana/AGIF

24/02/2021 10h05

Até janeiro festejado e "prestigiado" pelo feito de ter tirado o Corinthians da zona de rebaixamento, o técnico Mancini está, pela primeira vez, tendo seu desempenho questionado por membros da nova direção do clube.

Se é fato que Mancini entregou mais do que se esperava (sim, salvou o Corinthians do rebaixamento), é fato também que algumas escolhas e algumas não-escolhas (principalmente) foram motivo de conversas entre membros da cúpula. A ideia ainda é de correção de rota. Não se fala em demissão.

Mancini tem participado há um mês de conversas sobre o planejamento de 2021. Planejamento que começou superdimensionado por causa da expectativa frustrada (e exagerada) de chance de classificação para Libertadores. Planejamento esse que agora depende de terminar o Brasileiro na nona posição para que o clube seja alçado diretamente para a fase de 16 clubes da Copa do Brasil.

Sim, o jogo de amanhã contra o Inter vale a prêmio de consolação de tirar mata-matas precoces do calendário corintiano e de dar mais sossego a Mancini, que também agora já sabe que está sendo observado com lupa por mais gente do que seu "chefe" Roberto de Andrade, escolhido por Duílio Monteiro Alves como diretor de futebol. E mais gente significa gente com poder de influenciar decisões.

Apoiado pelos líderes do grupo (Cássio, Fágner e Fábio Santos) de quem se aproximou desde a chegada ao clube, Mancini terá de explicar tecnicamente os porquês de não escalar alguns jogadores menos badalados, apesar de observadores elogiarem os treinos _por exemplo Jonathan Cafu e Matheus D'Avó. Não que se avalie que sejam grandes craques, mas a avaliação é que os jogadores mais testados não "agarraram" a oportunidade a ponto de frear as chances dos demais.

Antes de repatriar jogadores emprestados e de efetivar jogadores da base, a direção avalia com mais cuidado o prejuízo causado por não usar jogadores que já estão no elenco. Cafu, por exemplo, está em uma lista de dispensas do técnico...