Marília Ruiz: Os adeus dos nossos ex-gringos favoritos
Coudet deixou "órfão" os colorados. Líder do campeonato Brasileiro, classificado para os mata-matas de Copa do Brasil e Libertadores, o argentino preferiu assumir um time cambaleante na Espanha.
Por quê?
Por que o Flamengo resolveu desistir de Domènec?
Sim, os números das goleadas sofridas pelo Flamengo são acachapantes. Sim, não me parece que a estreia mundial (estou descontando os meses na MLS) do catalão como técnico estivesse atendendo às expectativas.
Mas o mesmo porquê que explica o "adiós" de Coudet também pode ser aplicado ao "adéu" dado ao breve mister Torrent: a várzea que impera no futebol brasileiro gera instabilidade, que cria desconfiança, que gera instabilidade, que cria desconfiança, que cria instabilidade, que gera desconfiança...
Claro que há mais mistérios no adeus de Coudet: a relação tumultuada como o executivo Rodrigo Caetano; as pressões da eleição que se aproxima; a sombra do insucesso em Grenais; os egos... Mas a verdade é que o argentino sabia que ser líder do Brasileiro não lhe garantia nem estabilidade nem segurança. Que a liderança na maratona do Brasileiro, de calendário indefensável, lhe dava emprego até a próxima rodada - e sua validade assim seria renovada a cada novo suado sucesso. Valia à pena?
Foi o que aconteceu com o outro gringo da parte de cima da tabela. Dome não renovou seu prazo de sucesso e sucumbiu. O planejamento do tour de entrevistas feito pelos dirigentes do rubro-negros na Europa em julho não sobreviveu ao novo patamar do Flamengo nas tabelas de classificação. Assim, sem cerimônia, tchau planejamento e tchau gringo.
Agora, no meio da temporada bizarra do Covid, dois dos times mais bem classificados, vão enterrar a era dos gringos. Ambos voltarão a prestigiar os ídolos nacionais.
O Flamengo se acertou com Rogério Ceni, que chegou hoje, já dará treino à tarde e amanhã estreia no banco em mata-mata contra o São Paulo.
O Inter corre para assinar ainda hoje com Abel Braga (já em Porto Alegre) para tê-lo também no mata-mata da Copa do Brasil neste meio de semana.
Senhores, admitamos: o planejamento futebol brasileiro é ganhar quarta e domingo.
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