Médico da CBF não vê confinamento 'eterno' como viável
Sem vacina, sem remédio, sem dinheiro: sem futebol
Em nome da CBF, o neurologista Jorge Pagura liderou as conversas dos médicos de todo Brasil. Sob a sua batuta, foi redigido protocolo da entidade para retomada do futebol no país. Adjetivos como extenso, detalhado, científico e cuidadoso foram usados pelo médico em entrevista a essa blogueira e companheiros do "Bandsports".
Mas, claro, mesmo sendo o "estado da arte"dos estudos de departamentos médicos de clubes, não é perfeito.
"Risco há. Há risco até dentro de um super seguro centro cirúrgico. Por isso que eu repito várias vezes: tem que fazer tudo como está escrito; tem que levar a sério dentro e fora dos clubes. Ou é melhor não fazer", disse Pagura.
É aí que está o nosso maior problema.
Como fazer estritamente o que está descrito no protocolo (dentro e fora dos cubes) se ele é geral e genérico: vale para o Flamengo e vale para qualquer time da Série C.
Como convencer os jogadores a tomarem todos os cuidados lá descritos para não comprometerem todo o esquema? Sim, todos os jogadores, todos os familiares e todos os funcionários desses jogadores, claro.
Lembrando que é um protocolo da CBF e não apenas para os finais dos Estaduais. Não se trata aqui de "confinamento" compulsório de 30 jogadores por 3 semanas. Mas de torneios nacionais que ainda não começaram (Séries A, B, C e D), Copa do Brasil, Copa do Nordeste, etc...
Como? Segundo o próprio Pagura, concentração "hermética" não é razoável...
"Vamos dizer que eu isolo todo mundo, testo dois dias antes de cada partida: não temos dinheiro para isso, nem testes suficientes. Talvez, para os Estaduais, dê certo. Só. Por quanto tempo teremos concentrações? Não vão querer. O nosso país é continental. Não dá para fazer isso. É muita coisa, muito time, muito campeonato. Se tiver que confinar todo mundo o tempo todo, pode esquecer. Desse jeito é melhor não se falar em futebol, porque não vai ter dinheiro para isso", finalizou Pagura.
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