Pesquisa brasileira aponta estádios vazios e torcedor temeroso
Saudades de um poropopó na arquibancada, né minha filha?
Pois vai demorar.
Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná apontam que o retorno dos torcedores aos estádios de futebol só deve acontecer após as descobertas de uma vacina ou de um remédio comprovadamente eficaz contra a COVID-19.
Os autores do estudo publicado no site da UFPR são o professor Fernando Mezzadri e o advogado Paulo Schimitt, coordenador da comissão de integridade da Federação Paulista de Futebol. Mezzadri é doutor em educação física e lidera o projeto de pesquisa "Inteligência Esportiva", uma parceria do Centro de Pesquisa em Esporte, Lazer e Sociedade (CEPELS), da UFPR, e a Secretaria Especial do Esporte, do Ministério da Cidadania.
"A retomada total das atividades esportivas e competições só será possível com a existência de retroviral eficaz ou vacina que previna e proteja tanto os praticantes/atletas quanto os espectadores", apontam os autores no estudo.
Para o futebol voltar, mesmo no cenário mais restritivo e sem torcida na arquibancada, o estudo apontou também muitas adaptações que precisarão ser. E nada para já! "Consideramos muito precipitado o retorno as competições pelo atual estágio da pandemia no Brasil", disse o professor Mezzadri.
O Instituto de Pesquisa de Inteligência Esportiva fez também uma pesquisa online com torcedores para medir a temperatura da "saudade" que o torcedor está de ver a bola rolando. A pesquisa feita de forma online com 3000 pessoas mostrou que o torcedor está temeroso e é contra a volta imediata das competições: 90% são contra o retorno imediato (mesmo com estádios fechados); 90% disseram que não se sentiriam seguro nas arquibancadas sem novas medidas de saúde (ambiente repetido no pré-pandemia); apenas 36% se sentiriam seguros com novos protocolos de saúde e higiene; e 26% afirmaram que só se sentiriam confortável após a vacina contra a Covid-19.
É bom que os clubes, que acham que tudo será como antes, acordarem para os humores dos torcedores que compravam ingressos, pagavam programas de sócio-torcedores e ajudavam a pagar as contas. Esse torcedor não está com tanta pressa como certos dirigentes...
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