Cenários pós-coronavírus: jogos com menos de 66h de intervalo
São muitas as sugestões para que na retomada dos campeonatos o futebol possa, digamos, recuperar o tempo perdido e, consequentemente, os milhões perdidos.
"Temos vários cenários desenhados para o dia 'D+1', ou seja, o dia depois que as autoridades de saúde liberarem os campeonatos. Mas não pensamos em nenhum caso em não cumprir o fim dos torneios estaduais e dos campeonatos, com fórmulas e datas, como programado", disse ao BLOG, Walter Feldman, secretário-geral da CBF, que ontem participou da reunião do Conselho Nacional de Clubes.
Sabedores de que a cada que dia que passa, mais difícil será cumprir o calendário brasileiro tal qual ele estava desenhado, os clubes, com a ajuda da CBF, pensam em alternativas jurídicas. Uma das ideias para conseguir o que parece irreal para a aritmética simples baseada nos fatos e indicações da OMS é a diminuição do intervalo entre as partidas.
"Essa é uma ideia. Mas claro que depende de acordos e aceitação das partes", confirmou o dirigente.
Desde 2017, inclusive para dar fim a uma ação que corria na Justiça do Trabalho de Campinas sobre o tema, vale um acordo fechado entre a CBF e a Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol (Fenapaf): mínimo de 66 horas entre o fim da primeira e o início da segunda. A regra está, inclusive, no Regulamento Geral de Competições. Desde então, clubes que desobedecessem e levassem um atleta para uma partida num intervalo inferior a 66h infringiam o artigo 214 da Código Brasileiro de Justiça Desportiva (que trata de atleta atletas irregulares e prevê perda de pontos e multa).
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