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Marília Ruiz

O futebol infantiloide

22/02/2020 16h15

Tivemos nesta semana a divulgação de que o técnico Tiago Nunes chegou ao Corinthians com uma cartilha de bons modos.

O detalhamento das "regras" chega a ser risível: grosso modo, atletas profissionais de alto rendimento muito bem remunerados precisam estar sob a batuta de algum bedel que os lembrem que precisam dormir no horário certo, comer no horário certo, treinar (sim, são jogadores, né?) e se comportar como pessoas civilizadas à mesa.

Seria fácil dizer que o tratamento infanto-juvenil a que estão acostumados os jogadores de futebol é desnecessário.

Mas aí vem a rapaziada do PSG para dar razão a tanto "cuidado"...

Fotos "auto-vazadas" e vídeos postados de um triplo aniversário dias após (mais) uma derrota na Champions League abriu outra crise entre vestiário e diretoria de um clube que quer ser gigante, mas que esbarra sempre em comportamentos "minúsculos" dos seus muitos craques.

Todos os milhões, profissionalismo e precoces responsabilidades que a maioria dos jogadores carrega não costumam vir junto com o mínimo de maturidade. Ao mesmo tempo, aparentemente, os "maduros" donos do negócio ainda não aprenderam uma forma adulta de lidar com suas joias.

Como diria o psiquiatra suíço Carl Jung (1875-1961), fundador da psicologia analítica, "em todo adulto espreita uma criança que nunca está completa e que solicita cuidado, atenção e educação incessantes".

Põe incessante nisso!