Flamengo completa a festa: Europeus reencontram seus papais
O Flamengo completou a festa, pelo menos por enquanto. Meteu 3 a 1 no Chelsea, com direito a um sonoro "olé" da torcida na Filadélfia. Antes, o Botafogo tinha vencido o campeão da Champions, o PSG. O Fluminense tinha dominado o Borussia Dortmund e, o Palmeiras, o Porto - em empates não condizentes com os resultados. Ainda teve o Boca Juniors, que passou bem perto de bater o Benfica.
Um sul-americano não vencia um europeu desde 2012? Verdade. Eu diria até que um sul-americano não vencia o melhor europeu do momento desde o Inter contra o Barcelona, em 2006. Mas agora, nesta Copa do Mundo de Clubes, a primeira da história, não tem nada de graça para a turma do dinheiro. Eles não ganham uma!
Depois da derrota para o Flamengo, Enzo Maresca, técnico italiano do Chelsea, disse que "tentou algo novo, pensando na próxima temporada". Fazendo testes em pleno Mundial? É de uma soberba inacreditável.
Até a virada do século, os sul-americanos haviam vencido 21 Copas Intercontinentais (que sempre chamamos de Mundial), contra 18 dos europeus. Em Copas do Mundo de seleções, era 8 a 8 - as oito vencidas por eles, diga-se, em Mundiais disputados na Europa, nunca fora. É claro que a virada de século foi marcada pela globalização, por fronteiras derrubadas e passou a haver um desequilíbrio financeiro que ficou retratado na força exorbitante dos clubes europeus. Passou a não haver competição, até porque, como bem disse Luís Enrique, os melhores jogadores de todos os lugares do mundo passaram a atuar nos clubes de lá.
Este Mundial está sendo o de um resgate histórico. Clubes brasileiros com tempo para se preparar e treinar contra europeus que não estão 200% focados? Azar deles. No século passado, este cenário acabava em vitória sul-americana com absoluta certeza. Neste século, a coisa mudou. Mas, pelo visto, o avanço financeiro está dando aos clubes brasileiros uma nova chance.
Não sei como vai acabar o campeonato, mas vou deixar o "muita calma nessa hora" para lá. Por enquanto, os papais dos europeus estão de volta.
Opinião
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