Julio Gomes

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No 'grupo da morte', o Bahia cometeu suicídio em casa

O Inter ganhou do Bahia de virada, por 2 a 1, em noite gelada e chuvosa em Porto Alegre, garantindo-se em primeiro lugar no "grupo da morte", o Grupo F da Copa Libertadores da América. Foi um grupo realmente muito duro para os brasileiros, com a presença de times tradicionais, o Atlético Nacional de Medellín e o Nacional do Uruguai. Dava para os dois passarem? Dava. Não foi hoje que o "mata-mata" entre brasileiros foi decretado, no entanto.

O Bahia cometeu suicídio no dia 7 de maio, quando liderava o grupo e perdeu em casa para o Nacional, que tinha somado só um ponto no primeiro turno. O Bahia já havia empatado na Fonte Nova contra o Inter, mas aqueles pontos foram recuperados com a vitória em Montevidéu na segunda partida. O time de Rogério Ceni chegou à quarta rodada na ponta e com 7 pontos. Despede-se hoje da Libertadores com os mesmos 7 pontos.

Perder em Medellín e em Porto Alegre não pode ser considerado algo anormal. O grande pepino foi fazer 1 a 0 já no segundo tempo na Fonte Nova contra um time fraco e de contra ataques e levar a virada. Foi o pior momento do Bahia na temporada.

Sob a perspectiva do Bahia, é bola para frente. Não é toda SAF que consegue um título de Libertadores assim rapidamente, como fez o Botafogo. O processo, comandado pelo grupo City, é bem organizado e vai render frutos. Poderia ser logo? Poderia. Mas não seria normal. É bola para frente. Porque tem o Brasileirão todo, e, com o elenco que tem, o Bahia pode almejar G4 ou pelo menos G6. Tem a Copa do Brasil. E agora tem também a Copa Sul-Americana.

A Sul-Americana, além de muito mais fácil de ser vencida do que a Libertadores, teria o tamanho exato para o momento do projeto. Não é qualquer prêmio de consolação. Outras Libertadores virão.

Sob a perspectiva do Inter, a primeira fase tem de ser comemorada. O Inter sai do grupo mais difícil de todos com a primeira colocação, vai poder decidir em casa nas oitavas de final e ganha moral em um momento delicado da temporada. Eu acho o Inter candidato a tudo, mas é claro que dar sorte e enfrentar rivais mais acessíveis nas oitavas e nas quartas não seria nada mau.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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