Ancelotti muda nomes, mas precisa mesmo mudar mentalidade e jeito de jogar
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Carlo Ancelotti anunciou nesta segunda-feira a primeira lista de convocados para a seleção brasileira. É uma lista que muitos achavam que seria parecida com as últimas, mas não foi. São novidades algumas voltas, como as de Antony, Andreas, Beraldo, Ederson, da Atalanta, Casemiro, Richarlison, Carlos Augusto, Andrey, que foi bem no Strasbourg. É bastante gente "nova". Além, claro, das novidades absolutas, Hugo Souza e Alexsandro, zagueiro do Lille.
Mas Ancelotti não chegou para mudar nomes. Não tem revolução alguma a ser feita nesse sentido, apenas ajustes aqui e ali. Estamos cansado de saber que o Brasil tem 50 ou 60 jogadores capazes de serem convocados. O que ele precisa mesmo mudar é o jeito de jogar, a mentalidade da seleção brasileira. Achar a química entre os escolhidos.
A seleção precisa deixar de ser refém deste ou aquele jogador, precisam estar todos voltados para o mesmo objetivo. É preciso mais altruísmo, mais pensamento e atitudes coletivas, menos individualistas. "Temos de criar um ambiente familiar", disse Ancelotti. Já vimos isso ser dito ao longo dos anos. "Mas com respeito", acrescentou Carletto. E essa palavrinha, respeito, tem faltado por parte de muitos jogadores. Talvez até involuntariamente, não importa. As atitudes precisam mudar.
É boa notícia não chamar um Neymar que está sem condições de jogo, mostra que não será refém dele - ainda que tenha telefonado hoje de manhã para justificar (não precisava). Se estiver bem, vai. Se não estiver bem, não vai. Por enquanto, não vai. É um bom recado para o vestiário.
Classificação e jogos
Os trabalhos de Ancelotti sempre se notabilizaram pela grande capacidade de adaptação e por saber domar vestiários cheios de estrelas. Não foi só sucesso, já muita coisa deu errada na trajetória de Ancelotti. Mas o que sempre se viu foi um cara capaz de fazer o trabalho como desejava. Quando não era assim, caiu fora.
No futebol, ele é um técnico esperto, que não coloca suas ideias de futebol acima das obviedades. A um ano da Copa do Mundo, isso é importante. Não há tempo para muitos testes. É tentar encontrar rapidamente uma forma, confiar nela e seguir adiante.
GOLEIROS - Alisson (Liverpool), Hugo Souza (Corinthians) e Bento (Al Nassr)
LATERAIS - Alex Sandro (Flamengo), Carlos Augusto (Inter de Milão), Vânderson (Monaco), Wesley (Flamengo)
ZAGUEIROS - Beraldo (PSG), Danilo (Flamengo), Léo Ortiz (Flamengo), Alexsandro (Lille) e Marquinhos (PSG)
MEIO-CAMPISTAS - Andreas Pereira (Fulham), Andrey Santos (Strasbourg), Bruno Guimarães (Newcastle), Casemiro (Manchester United), Ederson (Atalanta), Gerson (Flamengo)
ATACANTES - Anthony (Bétis), Estevão (Palmeiras), Gabriel Martinelli (Arsenal), Vinícius Júnior (Real Madrid), Matheus Cunha (Wolverhampton), Raphinha (Barcelona), Richarlison (Tottenham)
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