Julio Gomes

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Mais uma ausência esquenta especulação sobre Cristiano Ronaldo no Mundial

O Al Nassr entrou em campo hoje pela antepenúltima rodada da Liga Saudita e voltou a jogar sem Cristiano Ronaldo. Só empatou em casa com o Al Taawoun e, com isso, deu adeus às chances de disputar a Champions League asiática da temporada que vem, a principal competição do continente. É o fim melancólico de uma temporada que começou com uma demissão para lá de contestável, a de Luis Castro, ex-técnico do Botafogo e que havia sido pedido por CR7. Para o lugar, veio Stefano Pioli, italiano, que não agradou e deve rodar logo logo.

Cristiano Ronaldo foi a primeira estrela mundial de grande porte a desembarcar na Arábia Saudita, em janeiro de 2023. No meio daquele ano, veio a constatação de que os sauditas tinham entrado na brincadeira para valer e veio um caminhão de estrelas sendo tiradas de times europeus. Mas ficou a impressão de Cristiano ter escolhido o clube errado. O Al Hilal foi campeão da temporada passada, tanto da Liga quanto da Copa, feito que pode ser repetido pelo Al Ittihad neste ano - já ganhou a Liga, falta a Copa. O Al Ahly, de Firmino, ganhou a Champions asiática. Só o Al Nassr não ganha nada.

O português, em busca dos mil gols, faz a parte dele. Na atual temporada, foram 33 gols em 39 partidas - ele é o artilheiro Sauditão, com 23. Mas, desde as decepcionantes derrotas para o japonês Kawasaki Frontale, na semi da Champions da Ásia, e de virada para o Ittihad, em um jogo em que o Nassr levou a virada de 2 a 0 para 3 a 2, Cristiano não entrou mais em campo. E nada indica que voltará a entrar.

Na imprensa saudita, que é limitada e não tem lá muito acesso a informações de forma independente, a versão é de que Ronaldo está "lesionado". Mas a especulação mais forte é que ele estaria interessado em uma mudança para o vizinho e rival Al Hilal, para poder jogar o Super Mundial de Clubes da Fifa. O Hilal é o único saudita e um dos quatro representantes asiáticos no torneio, está no grupo H, ao lado de Real Madrid, Pachuca (México) e RB Salzburg (Áustria) - ou seja, um grupo em que é possível pensar em avançar.

Já se falou em Cristiano Ronaldo no Palmeiras, boato desmentido por Leila Pereira. E é possível que os nomes de outros clubes apareçam no noticiário nos próximos dias. O Al Hilal seria a hipótese mais realista, pois o verdadeiro "chefe" destes jogadores é o fundo de investimento controlado pelo governo saudita. Uma troca de casa não significaria troca de comando e nem de valores contratuais - só muda a camisa.

Mas, se é tempo para especulação, fica uma dica aqui: Que tal uma duplinha com o tal Messi no Inter Miami?

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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