Julio Gomes

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Arsenal trucida o Real, e Ancelotti vive um de seus piores momentos

O Real Madrid tem o melhor goleiro do mundo. Mas isso não basta, quando ele está mal acompanhado na linha defensiva e o time vive um momento de incrível fragilidade. Depois de perder do fraco Valencia na Liga espanhola, o Real Madrid levou um sonoro 3 a 0 do Arsenal, pela partida de ida da Liga dos Campeões da Europa.

São, agora, nove jogos seguidos levando gols - 17 sofridos no período, que já dura um mês e meio. É um dos piores momentos de Carlo Ancelotti na segunda passagem pelo Real Madrid, e esquentam, aqui no Brasil, as especulações sobre um possível assédio de Ednaldo Rodrigues ao técnico italiano. Por mais que o nome de Jorge Jesus apareça com força no noticiário, é claro que uma demissão de Ancelotti mudaria todo o cenário de definição do próximo técnico da seleção brasileira.

No jogo desta terça, em Londres, o Real Madrid teve suas chances em contra ataques, duas delas claras com Mbappé, quando o placar ainda estava empatado. De todas as maneiras, o Arsenal foi dominador de quase toda a partida e construiu o resultado com méritos.

Com méritos e com duas incríveis cobranças de falta de Declan Rice. Se já é difícil ver um gol de falta, imagine dois. No primeiro, o que abriu o placar, Courtois organizou mal a barreira. Deixou quatro homens, em vez de cinco, e permitiu a Rice buscar o canto oposto ao dele, mandando a bola por fora da barreira. No segundo gol, não havia nada a fazer para o goleiro belga - foi um petardo no ângulo, um golaço. O terceiro gol foi de Merino, um dos heróis espanhóis na última Euro e que "virou" centroavante diante da necessidade e da criatividade do técnico Mikel Arteta.

Foi um placar que refletiu a superioridade do Arsenal que, hoje, é mais time que o Real Madrid. Se se tratasse de qualquer outro clube, poderíamos dizer que a eliminatória está resolvida.

Mas é o Real Madrid, que tem um pacto com os deuses da bola (ou com o diabo, sei lá) quando se trata de Champions League. Na quarta-feira, o Santiago Bernabéu estará lotado, haverá aquele ambiente mágico de Champions e é óbvio que tudo pode acontecer. Até mesmo Florentino Pérez tomar uma decisão radical até lá.

O Arsenal, que sabe que dançou na Premier League, tem uma chance de ouro: tirar o Real Madrid, bater semifinal de Champions e enfrentar ou PSG ou Aston Villa em busca de uma vaga na final - que não vem há quase 20 anos.

Opinião

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** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL

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