À espera de craques e milagreiros, seleção segue sem time e sendo humilhada
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A seleção brasileira foi humilhada em Buenos Aires. Foi um 4 a 1 que ficou pequeno para o tamanho do domínio da Argentina em campo - ainda assim, a maior diferença de gols para os argentinos no duelo desde uma vitória em 1964, há seis décadas. Foi também a primeira vez na história das eliminatórias sul-americanas que o Brasil levou quatro gols em um jogo. Mais um recorde negativo na campanha, que já teve também a primeira derrota em casa (para a Argentina, no Maracanã).
Não há desculpas para a atuação da seleção brasileira, mas muitas explicações são possíveis. A Argentina tem, no momento, um time mais coeso, mais coletivo e mais confiante do que o Brasil. Isso tudo é óbvio e potencializa jogadores que, em teoria, não são melhores individualmente.
O Brasil tem uma cultura de futebol individual que ficou absolutamente ultrapassada e, não à toa, é constantemente derrotada. Crescemos ouvindo que o Brasil é "o país do futebol". Eu diria que, na melhor das hipóteses, o Brasil é "o país de jogadores de futebol". Seguimos sendo bons. Mas, para ganhar de outros que também são bons, é preciso tentar como um time. E não temos time.
Ficamos nesse eterno dia da marmota esperando por Neymar - o melhor exemplo da cultura do indivíduo acima da cultura de time. A eterna espera por craques, por gente que resolva.
Classificação e jogos
Entra técnico e sai técnico e seguimos achando que o melhor para a seleção brasileira é escalar "os melhores". Quando na verdade é necessário encontrar a química, o encaixe, o espírito.
A Argentina encontrou e está surfando no momento. O Brasil, com suas trocas de técnicos e humores - possivelmente venha mais uma por aí -, não consegue achar nada. Vai à Copa . Mas apenas para fazer figuração.
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