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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Vitória sobre a Itália confirma Argentina na lista de favoritas para a Copa

Di María deslocou Donnarumma com categoria e balançou as redes para a Argentina na partida contra a Itália - Ben Stansall / AFP
Di María deslocou Donnarumma com categoria e balançou as redes para a Argentina na partida contra a Itália Imagem: Ben Stansall / AFP

01/06/2022 17h50

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A "Finalíssima", reunindo campeã da Europa contra campeã da América, acabou com vitória da Argentina por 3 a 0 sobre a Itália. É claro que o jogo perdeu um pouquinho de peso pelo fato de a Azzurra ter ficado fora da Copa do Mundo, mas a vitória foi bastante contundente em Wembley - gols de Lautaro Martínez, Di María e Dybala.

Os tropeços absurdos nas eliminatórias não fazem da Itália uma seleção ruim. Pelo contrário, segue sendo das melhores do mundo e chegaria ao Catar como uma das favoritas, tivesse se classificado.

A Argentina chega a 32 partidas de invencibilidade e mostra, agora contra uma rival bem forte e que estava a fim de se reivindicar, que é sim candidata a título na Copa do Mundo. É a maior série invicta da história do futebol argentino, eles não perdem uma perdida há três anos.

Tem gente, como eu, que já enxerga a Argentina como candidata a título mundial faz tempo - não pela camisa, mas pela formação, afinal, de um time sólido e confiante. Mas tem gente que ainda duvida, quase sempre em cima daquele discurso de que o futebol de seleções na América do Sul é tão inferior ao europeu quanto o de clubes - o que, para mim, é um enorme erro de avaliação. O futebol de seleções é muito competitivo por aqui e o domínio do Brasil nas eliminatórias está confundindo muita gente.

Bem, era necessário ver uma seleção sul-americana contra uma europeia? Está visto. A Argentina passou o carro sobre a Itália, no mesmo palco que consagrou a Azzurra menos de um ano atrás.

O peso que a Argentina tirou das costas com o título recente da Copa América transforma essa seleção, entre as candidatas, na mais "leve" e "de bem com a vida" no momento. É claro que em seis meses muita coisa pode mudar. Mas a Argentina está definitivamente de volta.