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Julio Gomes

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Gomes: Fifa, quem diria, corrige erro da Bola de Ouro e premia Lewandowski

Robert Lewandowski posa com o troféu do prêmio Fifa The Best, o segundo que ele ganha na carreira - Reprodução/Instagram
Robert Lewandowski posa com o troféu do prêmio Fifa The Best, o segundo que ele ganha na carreira Imagem: Reprodução/Instagram

17/01/2022 17h59

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No Brasil, adoramos um carimbo de cartório. As discussões de títulos no futebol passam todas pelas "chancelas". A Fifa disse isso! A CBF disso aquilo! Então, por essas bandas, o prêmio de "melhor jogador do mundo" da Fifa sempre foi mais respeitado do que a Bola de Ouro, da France Football. Na Europa, é o contrário.

Como as votações da Fifa sempre tiveram um corpo de eleitores discutível, dando o mesmo peso para o voto de um jornalista de Serra Leoa ou o capitão da Alemanha, os resultados acabaram tendo, ao longo dos anos, uma conotação mais popular (versus uma análise mais técnica do corpo de votantes da France Football). Ou seja, na Fifa, geralmente o prêmio ia para o mais famoso, jogadores mais conhecidos.

Desta vez, foi o contrário. A Bola de Ouro deu, no meu ponto de vista, uma bola fora ao premiar Messi o melhor da temporada 20/21 e deixar Robert Lewandowski sem a láurea - ainda pior, considerando o fato de o prêmio não ter sido dado em 2020, devido à pandemia.

E foi o prêmio The Best, da Fifa, que acabou fazendo justiça ao polonês. Lewa foi eleito o melhor do mundo pela segunda vez seguida pela entidade máxima do esporte. Messi ficou em segundo, Salah ficou em terceiro.

Eu sigo achando que estes prêmios deveriam ser dados assim que a temporada acaba, no meio do ano, para que fique clara a eleição de melhor da temporada, não do ano natural. Salah, por exemplo, é destacadamente o melhor de 21/22 até agora, mas não foi tão bem assim em 20/21.

Lewa, com um gol por jogo, de todos os jeitos e formas, tem sido o grande jogador do planeta há dois anos. Ele não têm as características de Messi e Cristiano Ronaldo, mas é quem pegou o bastão dos dois e possivelmente entregará mais adiante para Mbappé e Haaland, os dois jovens mais promissores. Enquanto isso não acontece, o "The Best" é ele. O eleitorado da Fifa mandou bem desta vez.