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Gomes: Santos respira em semana perfeita, mas tabela ainda é assustadora
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Um dia entenderei o que passa pela cabeça de quem coloca o Santos para jogar de preto na Vila Belmiro. Enfim, como camisa nem mandinga ganham jogo, o assunto é irrelevante. Apenas não queria deixar passar a crítica aos que esmagam as tradições com marketing ineficiente. O que importa mesmo para o torcedor santista é que o time venceu, após três jogos.
Não foi só uma vitória. Foi uma vitória enorme, contra um Fluminense em boa fase e que havia acabado de bater o Flamengo. O Flu chegava à Vila como favorito, nesta quarta. Mas a chuva que caiu incessantemente era o sinal de alma santista sendo lavada. Após um primeiro tempo pífio, um jogo fraco, o Santos encontrou os gols na reta final da primeira etapa, com Mádson, e no começo do segundo, com Tardelli.
E, a essa altura do campeonato, a única coisa que importa para o Santos são os pontos. Pontos que tiram o time da zona de rebaixamento em uma semana simplesmente perfeita. Na segunda-feira, Grêmio e Sport perdem. Na terça, chega Edu Dracena, uma pessoa que vai ajudar o clube. Na quarta, vem a vitória sobre o Flu e ainda, de brinde, o empate entre Bahia e Ceará, dois adversários diretos na luta para não cair.
O Santos respira, mas ainda não está salvo, longe disso. Assim como não estaria condenado em caso de derrota (apenas Carille estaria). A tabela é cruel.
Sábado, tem visita à Arena da Baixada. Depois, jogos na Vila contra Palmeiras e Red Bull Bragantino. Outra visita a um Atlético, o Goianiense, e o jogo contra a Chapecoense. Na reta final, duelos contra Corinthians, Fortaleza, Inter e Flamengo. Na última rodada, jogo na Vila contra o Cuiabá. Ou seja, dos dez confrontos finais, seis são contra times que possivelmente ocuparão as sete primeiras colocações da tabela - só falta o Galo. De jogo "fácil", no papel, só a Chape.
É uma sequência muito complicada. Pensando nos mágicos 45 pontos, o Santos precisa vencer quatro destas partidas ou ganhar três e empatar outras quatro. Dá? Claro que dá. Mas vai precisar mostrar a mesma vontade desta quarta, compreender que em alguns jogos as coisas não darão certo e confiar no trabalho de Carille, com o apoio de Dracena. Uma questão de fé.
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