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Derrota do Bayern para o PSG mostra como o futebol supera a lógica
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Por que amamos tanto o futebol? Creio que muitas respostas pingariam para esta pergunta. Mas há uma que seria recorrente. Porque tudo pode acontecer. Ele é imprevisível. Ele é ilógico, às vezes.
Um técnico me disse um dia que a melhor maneira para analisar um jogo de futebol seria assisti-lo sem os lances de gols. De fato, se revíssemos o Bayern de Munique x Paris Satin-Germain de hoje, mas sem os lances de gol, qual você diria que foi o resultado final do jogo?
Possivelmente, uma goleada do Bayern. No mínimo, uma vitória.
Mas o resultado final foi outro: 3 a 2 para o Paris. Assim, o PSG joga por um empate ou mesmo derrotas por 1 a 0 ou 2 a 1 para se classificar para as semifinais da Liga dos Campeões da Europa, vingando-se da derrota para o Bayern na final do ano passado.
Era óbvio que o Bayern teria a posse de bola e "mandaria" na partida, contra um PSG apostando na velocidade, nos contra ataques e nos espaços deixados pelo time alemão. Vimos o Bayern vulnerável defensivamente ao longo de toda a temporada e este seria o caminho.
Acho que não era tão óbvio que o Bayern mandaria tanto quanto mandou, impedindo o PSG de trocar três ou quatro passes. Mas tampouco era óbvio que Neuer levaria o frango que levou logo aos 3min, após chute fraco de Mbappé. Se Neuer falhou de um lado, Navas (de novo) brilhou do outro, fazendo uma defesa atrás da outra.
O segundo gol do Paris saiu de um escanteio, bola afastada e passe de Neymar para a área. Marquinhos entrou em posição legal para marcar. Logo depois, no entanto, o brasileiro saiu de campo, machucado. Não à toa, foi pelo alto, com dois de cabeça, que o Bayern buscou o empate.
Mas aí parece que o Bayern relaxou, depois de tanto esforço. Abriu mais espaços. Levou o terceiro gol, de Mbappé, e correu riscos de levar outros. Também passou perto de empatar - foram mais de 30 finalizações, afinal.
Um erro, um acerto, uma bola que bate na trave e sai, outra que entra, uma lesão, uma substituição. Os técnicos buscam a lógica o tempo todo. Nós, analistas, também. Mas o futebol nos supera. Ele é assim, ilógico. E é por isso que o amamos tanto.
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