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José Trajano

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Quando o futebol me faz mais feliz!

Laís Patricio/América-RJ
Imagem: Laís Patricio/América-RJ

Colunista do UOL

22/04/2022 04h00

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O futebol é uma função da alma, uma função que se enreda em todos os ramos da grande árvore psíquica; o amor, o ódio, o medo, a bravura, a piedade, o sadismo, o senso estético, o sentimento da solidão e da morte."

Paulo Mendes Campos

No mundo do futebol estão todos de olho no Brasileirão, Libertadores, Sul-Americana, Copa do Brasil, Champions League, Premier League, La Liga, Bundesliga, Francês, Português, o diabo a quatro!

Eu não!

Tô de olho é no início da semana que vem, no campeonato da A2 do Carioca, que, aliás, de carioca não tem nada, porque tem time de tudo quanto é canto: Macaé, São Gonçalo, Maricá, Cabo Frio, Angra dos Reis, Campos dos Goitacazes, Nova Iguaçu, Saquarema e Friburgo, e da cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro apenas dois: America e Olaria.

Do futebol raiz, aqueles dos velhos tempos, dos estádios pequenos, das charangas, da Bariri, de Conselheiro Galvão, de Teixeira de Castro, de Figueira de Melo, do Ítalo Del Cima, do Luso-Brasileiro, das idas de trem para os subúrbios da Central e Leopoldina, somente Madureira e Portuguesa estão na série A. Bonsucesso, Campo Grande e São Cristóvão nem sei direito, estão mais pra baixo. E o Canto do Rio acabou.

Por isso, a partida que reúne sábado, dia 30, America e Olaria, dois sobreviventes do futebol da antiga capital federal, do pré-Maracanã, de quando se acompanhava jogo pelo rádio (nem se sonhava com a televisão) e as camisas dos times eram mantos sagrados e não outdoors de patrocinadores, tem o meu olhar, a minha atenção.

Se pudesse (estarei em Portugal) pegava o trem na Central na Presidente Vargas junto com o querido amigo Felipinho, saltava na estação de Edson Passos, tomava cerveja na pequena birosca a caminho do estádio, matava um churrasquinho na entrada do Giulite Coutinho (onde aliás sou nome da sala de imprensa) e sentaria ao lado dos meus. Poucos, mas queridos e abnegados, que parecem não desanimar nunca, justificando a frase do hino do Lamartine:

Hei de torcer, torcer, torcer; hei de torcer até morrer, morrer, morrer..."

O sábado para ser completo teria que ter vitória do America sobre o velho rival alvianil.

Aí veriam um homem feliz com o tal do futebol! E o sentimento de morte e solidão jogado para escanteio.

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