Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Salve o futebol raiz!
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Já estou de mala e cuia para seguir sábado para o Canindé, a fim de ver a Lusinha voltar à Primeira Divisão do Campeonato Paulista. Basta um empate com o Rio Claro.
"Mas você é America, o que vai fazer lá?", podem me perguntar. E é aí que começa essa história.
A ideia é ir junto com o filho Pedro, 28 anos, torcedor do São Paulo. E se minha mulher Rosana terminar o curso de doutorado a tempo, também vai. Assim como a Bia, namorada do Pedro, e Tati e Chico, filhos da Rosana. O legal é seguir com uma galerinha.
Nos últimos tempos fui pouquíssimas vezes a um estádio de futebol acompanhado de filhos, amigos e família. E isso muito, mas muito antes da pandemia. Medo da violência? Preguiça? Comodidade de assistir no sofá? Desculpas não faltam.
O jogo da Lusa veio a calhar.
A porfia, como assim chamavam os antigos, não será disputada em nenhuma Arena esquisita, que como define Luiz Antonio Simas, é "a birosca da esquina gourmetizada em boteco de grife, o espaço VIP no bloco de Carnaval, o camarote da cervejaria no Sambódromo, onde o que menos interessa é o desfile da escola de samba", mas no mítico Canindé, cujo gramado viu desfilar a magia, o encanto e o talento de Cabeção, Djalma Santos, Brandãozinho, Julinho Botelho, Pinga, Dener, Enéas, Leivinha, Lorico, Badeco, Ipojucan, Ivair, Felix, Marinho Peres e até Roberto Dinamite e muitos outros.
Quero voltar a sentir, junto aos meus, e em um estádio raiz, às margens do rio Tietê, a dimensão humana das multidões (mesmo que sejam pequenas) dispostas a passar noventa minutos de sofrimento em nome da alegria improvável de um gol, como descreve o inglês Nick Hornby no maravilhoso livro "Febre de Bola".
Estou pronto para encarar. Só me falta um radinho de pilha — não serve o celular — para ouvir a transmissão ao mesmo tempo em que acontece a peleja.
Será que ainda vendem bolinhos de bacalhau por lá? Se sim, o sábado será perfeito. Tomara!
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Na newsletter desta semana, José Trajano reflete sobre os comentários recebidos em um post no Instagram a respeito do veto presidencial à lei Paulo Gustavo de incentivo à cultura.
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