Gustavinho Lima

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Opinião

Fim do time de basquete do São Paulo é triste notícia para a modalidade

O São Paulo Futebol Clube, por meio de suas redes sociais, anunciou o encerramento das atividades do basquete profissional masculino. Triste notícia para o basquete brasileiro como um todo.

Desde a retomada da modalidade em 2018, o clube tricolor foi estratégico na montagem e não voltou somente para participar, voltou para disputar todos os títulos dos campeonatos em que estava envolvido. O clube estava sob a direção de Carlos Belmonte e com a colaboração fundamental do João Fernando Rossi, diretor de marketing e de longa data ambientado no basquete, além de Cláudio Mortari. como treinador, e seu filho Bruno Mortari como sucessor.

São Paulo sempre entre os quatro melhores

Até 2023, o time são-paulino ficou entre os quatro primeiros de todos os torneios que disputou. Conseguiu chegar rapidamente a uma final de Copa Super 8 (2020/21), além de duas finais de NBB CAIXA (2020/21 e 2022/23).

Com o rápido prestígio no cenário, foi possível a contratação de muitas estrelas, como Georginho, Lucas Mariano, Léo Meindl, Marquinhos, Shamell, Elinho, Lucas Bebê e Bruno Caboclo.

Conquistaram um campeonato Paulista em 2021 e um vice em 2022, sem falar no título mais importante da história do clube: a BCLA (Libertadores do Basquete) na temporada 2021/22. O clube também ganhou a honrosa medalha de prata na Copa Intercontinental do mesmo ano.

A queda do tricolor

Na temporada 2023/24, o São Paulo caiu muito de patamar e não conseguiu se classificar para nenhuma decisão.

A diretoria então trocou Bruno Mortari por Guerrinha, buscando alcançar novamente o mais alto nível de competitividade.

Com praticamente o mesmo elenco da temporada anterior, o Tricolor teve ótimo início na disputa no NBB CAIXA 2024/25 com 7 vitórias nos primeiros 10 jogos, batendo Franca, Flamengo e o rival Corinthians neste início. Mas ao longo do campeonato, teve uma queda vertiginosa e acabou com somente 13 vitórias em 34 jogos.

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Reviravolta na reta final

A diretoria optou pela demissão do treinador Guerrinha faltando duas rodadas para o fim da fase de classificação. O assistente técnico Fabrício Fernandes assumiu o comando e a reviravolta surpreendentemente surtiu efeito positivo: o São Paulo venceu as duas, sendo uma delas contra o Minas, dono da melhor campanha do brasileiro.

O clube se classificou em 13° enfrentando o Brasília, 4° colocado.

Com o elenco motivado, conseguiu uma série histórica vencendo por 3 a 1 e se classificando para as quartas. Mas, o time foi eliminado por 3 a 0 diante do Bauru.

Basquete sem investimento

Um time acostumado a estar entre os primeiros, ficou evidente a insatisfação da diretoria com a falta de resultados expressivos. Por isso, resolveu descontinuar o projeto.

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Pensando em investimentos, se comparado ao futebol, fica evidente que o basquete poderia ter sido facilmente mantido sem onerar demais ao clube.

A busca por novos patrocinadores poderia ajudar a mudar a posição da diretoria, mas no momento está decretado com muito pesar o fim do basquete tricolor.

Opinião

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL.

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