Derrota do Brasil na AmeriCup mostra que a seleção precisa manter o foco
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Em uma noite que prometia mais um espetáculo da seleção brasileira de basquete, o inesperado aconteceu: já classificados para a AmeriCup 2025, os brasileiros perderam a invencibilidade de cinco jogos e foram surpreendidos pelo Panamá, que venceu por 81 a 74.
O jogo realizado na capital Cidade do Panamá parecia ser mais uma oportunidade para o Brasil consolidar sua invencibilidade nas eliminatórias diante de um adversário mediano, já classificado e que só havia vencido o Paraguai nas eliminatórias.
Experimentando novos jogadores
Com o primeiro lugar do grupo garantido, o técnico Aleksandar Petrovic aproveitou para fazer experiências com os jovens convocados e montou diferentes formações ao longo da partida.
No entanto, o Brasil, sem o armador Yago, que voltou ao seu time Estrela Vermelha na Sérvia, e com Georginho com aproveitamento muito baixo nos arremessos (3/11 FG), não conseguiu manter uma boa consistência durante os quarenta minutos.
Ofensivamente sem criatividade, com muitas bolas perdidas e com muitos problemas para defender o armador Iverson Molina, que criou vantagens com muita facilidade e terminou com 25 pontos e 7 assistências, o Brasil viu o Panamá abrir vantagem no placar e vencer o 2° quarto por 28 a 13.
Com esforço e melhor ritmo em quadra, o Brasil tentou liderar uma reação no segundo tempo, chegou a virar o jogo, mas o Panamá manteve a calma e soube fechar melhor a partida.
A vitória panamenha não apenas quebrou a sequência invicta do Brasil, mas também serviu como um alerta de que, mesmo com a classificação garantida, é preciso manter a intensidade e o foco em todas as partidas.
Processo de renovação
A ideia de renovação foi interessante e o Brasil mostrou força no garrafão com Márcio (do Ratiopharm Ulm, da Alemanha) com 14 pontos e 7 rebotes. Uma ótima surpresa foi a participação mais efetiva do jovem ala/pivô do Sesi/Franca, Nathan Mariano, de 21 anos, que foi o cestinha do time com 21 pontos, e ainda agarrou 7 rebotes.

No esporte há um jargão que diz que é preciso sangrar para chegar preparado para uma conquista.
Não sei se existe hora boa para perder, mas talvez tenha servido para a seleção analisar os erros cometidos, ajustar a estratégia e principalmente manter a mentalidade vencedora rumo à AmeriCup 2025, que acontecerá em Manágua, na Nicarágua, em agosto.
Brasil completo vem forte
Nessa janela o Brasil não contou com nomes importantes do elenco. Além de Yago, a seleção não teve Bruno Caboclo, do Hapoel Tel Aviv BC, Gui Santos, do Golden State Warriors, Vitor Benite, do Real Betis, Léo Meindl, do Alvark Tokio, e Lucas Dias, do Sesi/Franca.
Na última edição da AmeriCup, jogada no Recife em 2022, a bola de três pontos de Lucas Dias que daria o título ao Brasil ficou no aro e o troféu ficou nas mãos da Argentina.
Com força total, e os Estados Unidos e Canadá sem liberar os jogadores da NBA, a expectativa é que o Brasil entre para vencer o título da Copa América.
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