Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Do estúdio ao Ibirapuera, paiN Gaming alavanca ano especial para o CBLOL
"A paiN não é modinha, a paiN é tradição!". Se você já acompanhou minimamente o cenário competitivo de League of Legends, em algum momento foi impactado por essa frase. Tricampeã do CBLOL, a paiN Gaming está impressa nas páginas da história do torneio desde os primórdios dele, em 2012. Viveu céu e inferno, com títulos e rebaixamento, e tem, em 2022, uma temporada que, independentemente de títulos, já se faz extremamente marcante.
No ano em que a Riot Games inaugurou a operação de público para todas as rodadas do CBLOL, de ponta a ponta, em seu estúdio na Barra Funda, a paiN fez valer a relação que tem com seus torcedores. No último fim de semana, confirmou sua presença em todas as quatro finais possíveis do torneio: as duas do principal e as duas do Academy. Na Primeira Etapa, ambos terminaram em vice. E dessa vez?
Em todas as datas, impreterivelmente, quando a câmera passeia pela arquibancada da Arena CBLOL, é possível ver diversas camisas da paiN Gaming. Há diversos fatores que explicam isso para além do mais óbvio, que é estar no cenário desde os seus primórdios. Alguns dos principais e mais populares ídolos foram formados na organização, alavancando, de forma compartilhada, as imagens de todos.
Kami e brTT não só levantaram troféus defendendo a paiN, como construíram um legado midiático em conjunto com a organização. Ao mesmo tempo em que há uma grande responsabilidade em quem os sucede dentro de Summoner's Rift (hoje, dyNquedo e Trigo, respectivamente), a organização tem nas mãos o poder de "retroalimentar" sua história e seguir gigante em diferentes contextos.
Ter a paiN Gaming no Ginásio do Ibirapuera, após três anos sem uma final com a presença do público nas arquibancadas, é um fator positivo para a Riot Games. Não é coincidência que, até hoje, a final de 2015, no Allianz Parque, tenha um lugar cativo na memória dos fãs de League of Legends. Foi simbólico. E desta vez será novamente: até porque, do outro lado, haverá RED Kalunga, FURIA ou LOUD. Uma decisão e tanto.
Aliás, é notável que a entrada de organizações que já eram gigantes em outros cenários e chegaram ao LoL ampliando seu público (e inserindo novos perfis no campeonato) não afetou a forma como a paiN trabalha o próprio marketing. Neste sentido, ter identidade e valorizá-la é extremamente importante para fidelizar a torcida - e não permitir que o fã "se deixe levar" por outras marcas ou ideias.
O esporte eletrônico tem diversas nuances em relação às modalidades tradicionais. Construir uma marca forte e que tenha diferenciais ao ponto de atrair um torcedor ultrapassa títulos e conquistas. Vencer ajuda, mas não basta. O League of Legends brasileiro tem uma festa que promete, e muito, para 3 de setembro. E a paiN estar lá é um baita reforço.
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