Nem Fabrício, nem Hugo: o equívoco foi de Ancelotti
O erro não foi a convocação de Fabricio Bruno e nem de Hugo Souza. Sim, eles falharam na virada do Japão em cima do Brasil por 3x2. Mas o planejamento do italiano poderia ser diferente. Se contra a Coreia do Sul, adversário mais fraco desta data Fifa, começamos com jogadores que provavelmente estarão na Copa do Mundo (Militão, Gabriel Magalhães, Casemiro, Bruno Guimarães, Estevão, Rodrygo e Vini Junior)... contra o Japão tínhamos apenas três destes nomes. E faz sentido testar os mais fortes exatamente contra a seleção mais fraca? Foi assim que nos iludimos com 5x0 da última sexta-feira.
Carlo Ancelotti precisa entender que lugar hoje ocupamos no cenário do futebol para continuarmos evoluindo. O ideal seria colocar a espinha dorsal do Mundial 2026 contra o mais forte dos asiáticos (todos os jogadores do Japão que começaram a partida de hoje atuam na Europa) e observar nomes alternativos contra a Coreia do Sul. Não?
Agora virão os africanos, na próxima data FIFA, Senegal e Tunísia. Outra escola e mais competitivos. Os últimos amistosos (antes do Mundial) serão em Março, já contra seleções européias. Um degrau ainda mais alto.
Mais que a corrida contra o tempo (faltam 8 meses para a Copa do Mundo) não teremos oportunidades suficientes para testes.
Desperdiçamos uma delas contra o Japão.
Opinião
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