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Com líderes fora de combate, Sainz herda pole position na Bélgica
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Com os protagonistas fora de combate, o sábado em Spa-Francorchamps foi dos coadjuvantes.
Pole position para Sainz, da Ferrari, a segunda da carreira, repetindo o feito de Silverstone, em julho. Pérez larga em segundo lugar. A segunda fila terá Alonso e Hamilton. Imediatamente atrás saem Russell e Albon.
Um grid incomum, por força do regulamento.
Ao todo, sete pilotos foram demovidos de suas posições, punidos por trocas de componentes da unidade de potência e da caixa de câmbio. Entre eles, Verstappen e Leclerc, líder e vice-líder do campeonato, responsáveis por 10 das 13 poles anteriores no ano.
O holandês vai largar em 15º. O monegasco, em 16º. Vale muito ficar de olho nos dois no domingo. A Red Bull, especialmente, está sobrando e não será surpresa se Verstappen disparar na corrida e conquistar uma posição no pódio.
A sessão classificatória começou com 25 minutos de atraso graças a uma pancada na Porsche Supercup, corrida preliminar, que abalou um guard rail na Fagnes. Os fiscais tiveram de reconstruí-lo.
Quando os carros foram para a pista, Verstappen logo mostrou que a Red Bull está sobrando no circuito belga. Fez 1min44s581, 0s469 mais rápido do que Sainz, o segundo. Pérez, Leclerc e Russell vieram na sequência.
Os cortados foram Vettel, Latifi, Magnussen, Tsunoda e Bottas.
"Como assim...?", perguntou o alemão da Aston Martin, ao ser informado do resultado.
A pergunta valeria também para Ricciardo, que ficou no Q2, vendo Norris mais uma vez avançar para o último bloco da sessão classificatória. Isso explica muita coisa que discutimos nos últimos dias... Além do australiano, ficaram Gasly, Zhou, Stroll e Schumacher.
Lá na frente, Leclerc avançou em primeiro com 1min44s551, vantagem de 0s172 para Verstappen. Pérez ficou em terceiro, seguido por Sainz e Hamilton.
Fechando a turma do Q3, Russell, Ocon, Alonso, Norris e Albon.
Veio então a hora de decisão. Ou não. Porque todos tivemos de assistir à classificação com calculadora, caneta e papel à mão.
"Que pneus são esses?", indagou Leclerc pelo rádio. "Foi um engano", respondeu seu engenheiro. Sim, a Ferrari errou, colocou pneus novos no carro do monegasco mesmo sem chances de luta pela pole. Um erro crasso. Assim fica difícil acreditar em recuperação.
Logo na primeira saída, Verstappen fez 1min43s665, tempo espetacular que não seria superado por ninguém. Ficou claro que a pole seria herdada por Sainz ou Pérez, quem ficasse na frente.
A Ferrari finalmente acertou uma: Leclerc "rebocou" Sainz com o vácuo. O espanhol, porém, não melhorou o tempo.
Sua sorte foi que Pérez foi outro que ficou na mesma. Estava atrás de Sainz e também não melhorou.
As entrevistas após a sessão deixaram um cenário bem claro: apesar da pole, a Ferrari está preocupada com o ritmo da Red Bull, que por sua vez esbanja confiança.
"Estou pensando no amanhã, na estratégia que vamos adotar largando lá atrás. Precisamos ganhar posições. Com este carro, vai ser uma pena não ir ao pódio", disse Verstappen.
Pérez, segundo no grid, sorria de orelha a orelha. "Há uma grande corrida à nossa frente. Se eu conseguir atacar o Carlos logo, posso virar o jogo".
Já Sainz, o pole, mostrava-se preocupado com a grande forma dos rivais: "É bom largar na frente, mas precisamos entender por que a Red Bull está tão rápida aqui. A vantagem deles é muito grande, o que me deixa pensando sobre como será a corrida".
O temporal que Verstappen conseguiu, 0s632 para Sainz, assustou o espanhol e sua equipe.
Para o GP, 14ª etapa do Mundial, o coadjuvante da Red Bull é mais favorito que o o coadjuvante da Ferrari.
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