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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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F1 espera decisão da Ferrari no Canadá; veja horários do GP

O ferrarista Charles Leclerc no Azerbaijão, onde sofreu seu segundo abandono nos três últimos GPs - Ferrari
O ferrarista Charles Leclerc no Azerbaijão, onde sofreu seu segundo abandono nos três últimos GPs Imagem: Ferrari

Colunista do UOL

16/06/2022 09h05

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A F1 chegou ao Canadá à espera de um anúncio da Ferrari. O destino da nona etapa do Mundial está na decisão que os engenheiros da escuderia tomarem sobre o turbo de Leclerc.

No Azerbaijão, domingo passado, o monegasco sofreu a segunda quebra em três corridas. Enquanto o carro embarcou para Montréal, a unidade de potência foi enviada a Maranello para uma "autópsia", como definiu a imprensa italiana. E o resultado foi preocupante.

O motor a combustão e o turbocompressor estavam moídos. Não têm salvação. O problema é que Leclerc já utilizou as três unidades de turbo a que tem direito nesta temporada. Se lançar mão da quarta, terá de cumprir punição de dez posições no grid de largada.

Talvez não seja no Canadá. Uma possibilidade é ele correr com o primeiro turbo do ano, que ainda funciona e esteve no seu carro em Mônaco, onde foi quarto colocado. Neste cenário, os engenheiros aguardariam para trocar tudo de uma vez mais à frente e sacrificar apenas um GP.

Mas, após tantos problemas recentes, a opção pode ser pela segurança, por um novo turbo. A decisão vai ter impacto direto na corrida. Sem Leclerc na primeira fila, como em todos os GPs do ano, a Red Bull de Verstappen e Pérez teria o trabalho facilitado para mais uma vitória.

Até agora, apenas um piloto foi punido por exceder o limite de elementos da unidade de potência ou da caixa de câmbio. Alonso largou em último na Espanha após trocar seis componentes. Mas, como já escrevi aqui, isso vai começar a ficar cada vez mais frequente.

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Lance Stroll, da Aston Martin, que corre em casa no fim de semana e é um dos pilotos pendurados
Imagem: Aston Martin

Além de Leclerc, 11 pilotos já estão com elementos no limite: Sainz, Ocon, Gasly, Tsunoda, Stroll, Vettel, Albon, Latifi, Bottas, Magnussen e Schumacher.

Tanta gente pendurada tão no início do campeonato é incomum. Tem relação direta com o "porpoising": as quicadas dos carros contra o chão castigam demais todos os equipamentos.

A situação não deve melhorar em Montréal.

"É um dos lugares mais legais da F1. É circuito único. Não é bem uma pista de rua, nem um autódromo, é mais um híbrido. O piso é bastante ondulado, o que vai ser muito complicado com esses carros. Vai ser desafiador", disse Magnussen, da Haas, que já correu lá cinco vezes.

Líder do Mundial, Verstappen diz estar curioso com o estado do asfalto: "Faz algum tempo que não vamos para lá, então não sabemos exatamente como está o piso".

Por causa da pandemia, a F1 não corre em Montréal desde 2019.

É um cenário tradicional para a categoria. A corrida deste fim de semana será a 41ª no circuito Gilles Villeneuve, montado na ilha de Notre-Dame. Os maiores vencedores são Hamilton e Schumacher, com sete vitórias. Os dois também detêm o recorde de poles: seis.

É, ainda, uma das cidades que mais celebra sua corrida _outro lugar com clima parecido é Melbourne, que renovou o contrato com a F1 e garantiu sua prova no calendário até 2035.

A programação do GP do Canadá, nona etapa do Mundial, está abaixo, no traço fino do Pilotoons.

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Programação do GP do Canadá
Imagem: Pilotoons