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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Há 2 anos sem vencer, Ferrari vai estrear motor na Rússia

Vettel e Leclerc no pódio do GP de Singapura de 2019, última vitória da Ferrari na Fórmula 1 - Roslan Rahman/AFP
Vettel e Leclerc no pódio do GP de Singapura de 2019, última vitória da Ferrari na Fórmula 1 Imagem: Roslan Rahman/AFP

Colunista do UOL

22/09/2021 16h16

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Equipe mais vitoriosa da história da F-1, a Ferrari alcançou nesta quarta-feira uma marca nada confortável: dois anos de seu último momento de glória.

Foi em 22 de setembro de 2019, uma noite toda vermelha em Singapura. Pole position de Leclerc. Vitória de Vettel, seguido pelo companheiro. Foi a primeira dobradinha da escuderia em dois anos e a primeira em 12 edições da corrida no circuito de Marina Bay.

Mais: foi a terceira vitória seguida da Ferrari, já que Leclerc havia vencido na Bélgica e na Itália.

Quando a F-1 deixou Singapura, o monegasco era o terceiro colocado no campeonato e a equipe italiana ocupava a vice-liderança entre os Construtores. Buscar os títulos era sonhar alto demais, mas um clima de otimismo começava a rondar Maranello.

A Ferrari estava começando a voltar aos bons tempos?

Não. Longe disso.

A equipe estancou nas 238 vitórias. Nos 37 GPs desde então, o máximo que conseguiu foram cinco segundos lugares: dois com Vettel, dois com Leclerc, um com Sainz.

Depois de um 2020 péssimo, com o sexto lugar no Mundial de Construtores, hoje o clima na equipe é de (mais uma) reconstrução.

A luta é pelo terceiro lugar no Mundial de Construtores, mas não está nada fácil. Sua rival na disputa, a McLaren, vem de uma histórica dobradinha, justamente na Itália. Depois de 14 etapas, a tabela aponta 215 pontos para o time inglês, contra 201,5 da escuderia italiana.

A Ferrari pode virar? Pode. Em três ocasiões neste ano, aliás, já esteve na frente da McLaren.

A grande esperança para a virada final e para encerrar o jejum de vitórias está na nova unidade de potência que, finalmente, estreará em Sochi.

Preparada e acalentada nos últimos meses, a novidade por enquanto estará presente apenas no carro de Leclerc, que por isso cumprirá punição e largará do fundo do grid.

O ganho de potência deve ser inferior a 10 cavalos, mas já é alguma coisa.

Na etapa seguinte do campeonato, o GP da Turquia, Sainz também deve contar com o novo motor _o objetivo de escalonar foi não ter os dois carros largando do fim do grid numa mesma corrida.

"É um passo significativo no nosso desenvolvimento, importante para nosso projeto de 2022", disse Mattia Binotto, chefe da Ferrari.

A notícia sobre o motor foi divulgada ontem nas redes sociais da equipe. Sobre o aniversário da dobradinha em Singapura, tipo de post que as equipes fazem o tempo todo, nenhum pio.

Sintomático.