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Mercedes ensaia encostar na Red Bull, mas dia é de Vettel
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Três fatos marcaram o primeiro dia de treinos da F-1 em Hungaroring.
O primeiro: a Honda respirou aliviada com o motor de Verstappen.
O holandês completou 45 voltas nesta sexta-feira, quase 200 km, empurrado pelo mesmo motor que sofreu a pancada em Silverstone e que chegou a viajar ao Japão para uma checagem completa na semana passada.
Mas laboratório nenhum substitui o trabalho na pista. Por isso havia tanta expectativa sobre o funcionamento do equipamento em Hungaroring.
Deu certo, o que deixa a Red Bull mais tranquila para o resto do ano. Este motor é o segundo dos três a que o holandês tem direito antes de começar a cumprir as punições previstas pelo regulamento.
O segundo destaque da sexta-feira: a Mercedes aparentemente estará mais próxima da Red Bull neste fim de semana.
Na primeira sessão deu Verstappen, é verdade. O holandês cravou 1min17s555, mas apenas 0s061 melhor do que Bottas, segundo colocado. Hamilton foi o terceiro, a 0s167. Pérez, que começa a perder contato com o companheiro de equipe e a ouvir rumores não muito agradáveis sobre a próxima temporada, ficou só em oitavo lugar.
Na segunda sessão, dobradinha da Mercedes. Bottas fez 1min17s012, com Hamilton a 0s027. Verstappen desta vez foi o terceiro colocado, mas com um degrau de 0s298. Pérez ficou em quinto, a 0s812.
Tsunoda bateu pela manhã, mas a AlphaTauri conseguiu recuperar seu carro para que ele voltasse à pista no final da segunda sessão. Alonso, Leclerc e Norris também tiveram suas escapadas, mas não chegaram a acertar o muro.
O bom desempenho da Mercedes pode ser circunstancial. Hungaroring é um circuito travado, completamente diferente dos últimos em que a F-1 correu.
Ainda acho que a Red Bull tem carro muito melhor, com sobras. Mas já imaginaram se a F-1 entrar em férias com Hamilton na liderança? Seria um golpe pesado nos ânimos de Verstappen e sua equipe.
Mas nada supera a atitude de Vettel fora das pistas.
O alemão, tetracampeão mundial, foi 13º no primeiro treino e 8º no segundo. Mas isso pouco importa.
Ele participou dos treinos livres usando um capacete com as cores do arco-íris. Um gesto que tem significado todo especial por acontecer na Hungria, país que promulgou neste mês uma lei contra os LGBTQIA+ com detalhes tão idiotas a ponto de colocar em risco exibição de peças de Shakespeare e a venda de livros consagrados de Mann, Proust e Rimbaud.
Vettel se junta, assim, a Hamilton, que na quinta-feira já havia se pronunciado a respeito da nova legislação, classificando-a de "inaceitável".
São 11 títulos mundiais falando sobre o tema, condenando uma visão retrógrada e sem o menor senso de humanidade. É muita coisa.
Esporte também é isso. Que bom que a F-1 está acordando.
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