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Verstappen é pole e decreta: Red Bull hoje está na frente
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Depois de duas corridas em circuitos de rua e circunstâncias muito particulares, a F-1 buscava um termômetro, precisava medir a relação de forças entre suas duas principais equipes, necessitava se entender melhor.
Aconteceu neste sábado, na classificação para o GP da França, a primeira em um autódromo desde a etapa da Espanha, há 41 dias.
Duelo franco em Paul Ricard. Velocidade contra velocidade. Red Bull x Mercedes. Verstappen x Hamilton. E deu Verstappen!
É a quinta pole do holandês na carreira, a segunda na temporada. Com um adendo importante: em Paul Ricard, onde Hamilton e a Mercedes eram absolutos, com poles e vitórias desde o retorno da F-1 ao circuito, em 2018.
"Foi muito bom ver essa recuperação depois do que aconteceu na última corrida. Mas temos que terminar o trabalho amanhã e reconquistar aqueles pontos que deixamos em Baku", disse o holandês, ainda engasgado com o estouro de pneu que tirou sua vitória no Azerbaijão.
Ao inglês, hoje vice-líder do campeonato, restou se conformar com o segundo posto no grid: "Está sendo um final de semana mentalmente muito difícil. Vocês não imaginam quantas mudanças fizemos no carro desde que chegamos aqui".
Bottas e Pérez formam a segunda fila.
A classificação aconteceu com céu nublado, 28°C de temperatura ambiente, 44°C no asfalto. Um dia perfeito para correr.
Menos para Tsunoda. O japonês fez besteira assim que saiu dos boxes. Perdeu a traseira do AlphaTauri na curva 1, bateu e provocou bandeira vermelha logo de cara. A continuar assim, não termina o ano. Se eu fosse Albon, já iria pro aquecimento...
Quando os carros voltaram à pista, Verstappen, que já havia sido o mais rápido no terceiro treino livre, comandou os trabalhos: 1min31s001, a 0s236 de Hamilton. Pérez, Bottas e Norris vieram na sequência.
A luta da turma do fundão estava numa batalha intensa pela sobrevivência até que mais uma vez a bandeira vermelha apareceu. Schumacher bateu na curva 7 quando faltava pouco mais de 1 minuto para o fim do Q1, decretando o fim da sessão.
O alemão estava em 14º, avançando pela primeira vez na carreira para o Q2, mas com Latifi, Raikkonen e Stroll tentando melhorar. A batida encerrou a disputa, e o alemão se beneficiou. Apesar disso, ele largará em 15º, pois não conseguiu marcar tempo no Q2
Mas precisamos falar sobre o regulamento. É a terceira vez que isso acontece na temporada: um piloto bate na classificação, provoca bandeira vermelha e se dá bem com isso. Não entendo por que a F-1 não adota a regra da Indy e de tantas outras categorias sancionadas pela FIA: causou bandeira vermelha, perde o melhor tempo. Simples, e justo, assim.
Os cortados foram justamente esses: Latifi, Raikkonen, Mazepin, Stroll e, claro, Tsunoda.
A Mercedes, que andava sumida, resolveu aparecer no Q2. De pneus médios, Bottas fez um belíssimo tempo, 1min30s735, melhor marca do fim de semana até então. Hamilton ficou em segundo, a 0s053, usando os mesmos pneus. Pérez, com os macios, ficou só em terceiro.
Além deles, avançaram Verstappen, Sainz, Gasly, Norris, Alonso, Leclerc e Ricciardo. Foram cortados Ocon, Vettel, Giovinazzi, Russell e, claro, Schumacher.
Enfim veio o embate final. O momento que a F-1 aguardava há semanas para tentar entender melhor como estão as duas principais equipes do grid, quem tem o melhor conjunto.
Na primeira série de voltas, a Verstappen assumiu a ponta: 1min30s325. Hamilton ficou a 0s386.
Todos foram para os boxes, todos colocaram pneus macios novos, todos partiram para a hora da verdade. Todos melhoraram.
Mas Verstappen foi melhor.
A marca do holandês, 1min29s990, melhor tempo do fim de semana. Hamilton ficou a 0s258.
Sainz e Gasly formam a terceira fila do grid de largada, seguidos por Leclerc, Norris, Alonso e Ricciado.
Uma primeira fila com Verstappen e Hamilton era tudo o que poderíamos querer. Líder e vice-líder do Mundial lado a lado.
O inglês e a Mercedes, hegemônicos nos últimos anos, terão amanhã a chance de um novo tira-teima, uma nova queda de braço. Mas não será fácil.
É até surreal escrever isso. Mas agora sabemos: a Red Bull tem, hoje, o melhor conjunto da F-1. A Mercedes está atrás.
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