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Fábio Seixas

REPORTAGEM

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Pandemia cancela GP de Singapura

GP de Singapura de 2018; a corrida de 2021 foi cancelada por causa da pandemia de Covid-19 - Kim Hong-Ji/Reuters
GP de Singapura de 2018; a corrida de 2021 foi cancelada por causa da pandemia de Covid-19 Imagem: Kim Hong-Ji/Reuters

Colunista do UOL

04/06/2021 11h22Atualizada em 04/06/2021 15h21

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A pandemia mais uma vez alterou o calendário da F-1.

O GP de Singapura, marcado para 3 de outubro, foi cancelado pela FIA a pedido das autoridades do país.

O governo local impôs fortes limitações à chegada de estrangeiros e pretende manter as restrições pelos próximos meses.

"Continuaremos trabalhando com os promotores nesse período difícil e temos várias opções de corridas adicionais", diz o comunicado emitido pela F-1.

É mais uma alteração no calendário anunciado pela categoria no fim de 2020.

A primeira corrida a cair foi o GP da China, originalmente marcado para 11 de abril. Imola entrou em seu lugar. Em março, o Vietnã deixou um calendário por um misto de razões sanitárias e políticas. Portimão, em Portugal, ocupou a vaga no calendário.

Em abril, caiu o GP do Canadá. Em seu lugar entrou a Turquia, cancelada semanas depois. A solução encontrada pela FIA foi criar uma segunda corrida na Áustria, batizada como GP da Estíria.

Agora, novamente, os dirigentes da F-1 correm atrás de soluções para preencher um buraco que apareceu no calendário. E há um desafio logístico bastante significativo desta vez.

Singapura fazia parte de uma série de três provas no Leste Europeu e na Ásia.

A F-1 corre em Sochi, na Rússia, no dia 26 de setembro. Iria para Singapura no fim de semana seguinte. E, em 10 de outubro, pelo planejamento atual, acontece o GP do Japão, em Suzuka.

Ou seja, o ideal seria a FIA encontrar uma solução naquela parte do mundo. Nos bastidores da categoria, já há quem diga que China ou Turquia pode retornar a depender da situação da pandemia nesses países.

Há outra possibilidade: os dirigentes podem antecipar a etapa japonesa para 3 de outubro e promover corridas em dois domingos consecutivos em Austin, nos EUA, a exemplo do que fará na Áustria.

A entidade não abre mão de realizar neste ano a maior temporada da história, com 23 etapas, até como forma de compensar parceiros que perderam dinheiro com o calendário enxuto de 2020.

Tudo indica que não será a última mudança no calendário. O próprio GP do Japão corre risco _Suzuka quer esperar os impactos da Olimpíada para dar o sinal verde final para a F-1.

Andrew Benson, colunista da BBC e um dos jornalistas mais bem informados sobre a categoria, coloca outros três GPs em dúvida em reportagem publicada nesta sexta-feira: Brasil, México e Austrália.