Pixbet tentar liberar R$ 19 milhões bloqueados do Corinthians
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A Pixbet pediu à Justiça pela liberação de R$ 19 milhões bloqueados das contas do Corinthians em seu favor, após ter conhecimento de uma decisão sigilosa da Justiça Federal em outro processo. A casa de apostas patrocinou o clube em 2024.
A empresa diz respeito a uma sentença sigilosa, revelada pela coluna, ocorrida em processo movido pela Link Assessoria, onde o tribunal apontou que a Caixa não poderia estar pedindo liberação de valores bloqueados pelo clube quando o mesmo não estivesse em situação de inadimplência.
Na sentença, publicada em segredo na Justiça Federal, o tribunal apontou que, em processos judiciais contra o Corinthians, a Caixa vinha reivindicando a propriedade de todo e qualquer valor depositado em uma conta de titularidade do clube junto à estatal, sem se atentar para os limites determinados pelos contratos de cessões fiduciárias assinados entre as partes.
Dessa forma, a Caixa reivindicava valores mesmo quando o Corinthians estava em situação de adimplência perante o banco e até um excesso com relação ao necessário para quitação da obrigação vencida. Depois, liberava para o clube. O clube chegou a liberar um excedente de R$ 49 milhões com a intervenção da Caixa, em ações da Link, que acusa fraude no caso.
Com base nessa decisão, a Pixbet tenta liberar os valores bloqueados em um processo de R$ 44 milhões movido contra o clube. A empresa quer que a Caixa Econômica apresente documentos que comprovem se o Corinthians estava em situação de adimplência na época dos bloqueios.
Em decisão da semana passada, o juiz Paulo Rogério Santos Pinheiro, da 43ª Vara Cível, diante dos novos documentos, determinou que o Corinthians se manifestasse.
No ano passado, o tribunal conseguiu bloquear R$ 19.279.251,28 das contas do clube. Na ocasião, Corinthians e Caixa se manifestaram no processo pedindo o desbloqueio dos valores em contas da estatal, o que conseguiram.
A Caixa citou uma decisão favorável em um processo movido pelo empresário André Cury, onde o tribunal determinou o desbloqueio das contas. A alegação é que o dinheiro que entra na conta do Corinthians na estatal é para pagar o financiamento da Neo Química Arena.
As penhoras foram por causa de uma dívida de R$ 44 milhões com a Pixbet por quebra de contrato de patrocínio no ano passado. A empresa estampava os uniformes do clube, mas precisou sair após o Corinthians assinar com a Vai de Bet, concorrente do mesmo ramo de atuação.
As partes haviam entrado em consenso sobre o parcelamento da dívida integral até 2025. Porém, a equipe paulista não cumpriu os termos de pagamento. Procurado, o clube diz que não comenta processos em andamento.
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