Corinthians diz que agente superfatura dívida em mais de R$ 8 milhões
Ler resumo da notícia

O Corinthians apresentou um novo recurso à Justiça de São Paulo e agora aponta que a cobrança do empresário Giuliano Bertolucci encontra um excesso em seu pedido que supera a marca dos R$ 8 milhões.
Em um primeiro processo de embargos à execução (ferramenta jurídica para se opor à cobrança) o clube havia calculado esse excesso em R$ 2,1 milhões, conforme informou o colunista Ricardo Perrone. Posteriormente, porém, o clube ingressou com um novo pedido, aumentando em mais R$ 6 milhões esse cálculo.
Nos dois processos de defesa abertos pelo Corinthians, o clube contesta valores que chegam a R$ 73 milhões. E, dentro desse número, o clube vê um aumento de R$ 8 milhões no pedido feito por Giuliano Bertolucci, ocasionado por cobranças de juros compostos calculadas de forma errada.
Sob o argumento de que não foi apresentada uma planilha de cálculo que "possibilite a compreensão sobre a origem e a evolução da dívida", o Corinthians pede a extinção do processo, precedida de efeito suspensivo apresentados na última segunda (24) pela defesa do Corinthians.
Caso a execução não seja extinta, os advogados do Corinthians solicitam que seja reconhecido que estão sendo exigidos os excessos alegados. O clube não comenta processos judiciais em andamento. Bertolucci foi procurado e não respondeu.
Os valores já haviam sido listados na relação de credores entregue pelo clube à Justiça no Regime de Centralização de Execuções (RCE) no fim do ano passado, mas constavam como "título não executado". Em janeiro, o empresário entrou com ações contra o Corinthians.
A maior parte da dívida - R$ 43 milhões - começou em 2019. Naquele ano, o Corinthians se comprometeu a pagar 3,5 milhões de euros ao agente pela compra dos direitos de Ramiro.
Porém, o clube não pagou o valor e, em 2021, assinou um compromisso de dívida de R$ 26,4 milhões com o agente, a serem pagos em 24 parcelas mensais de R$ 1,1 milhão.
O acordo ainda estabelecia que, caso 3 ou mais parcelas atrasassem, o Corinhians teria que arcar com a dívida total, mais multa de 2%, juros de 1% ao mês e correção pelo IPCA.
Outra parte grande da cobrança é por um empréstimo de R$ 6 milhões, feito em 2017. Três anos depois, ainda sem quitar integralmente a primeira ajuda, o clube pegou mais R$ 2 milhões. E, no ano seguinte, assinou uma confissão de dívida que já superava R$ 16 milhões. Atualmente, com os juros, a cobrança de Bertolucci supera R$ 24 milhões.
Deixe seu comentário
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia as Regras de Uso do UOL.