Santos se livra de pagar R$ 500 mil a atacante que virou entregador de pão
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O Santos venceu na Justiça o atacante Lucas Pássaro, que passou pela base do clube, sofreu uma grave lesão, virou entregador de pão, culpou o clube e queria uma indenização de R$ 500 mil.
O juiz Frederico dos Santos Messias, da 4ª Vara Cível de Santos, não viu responsabilidade do clube no episódio. De acordo com o magistrado, o jogador não conseguiu mostrar que seu afastamento teve relação com a lesão e que os treinamentos no clube não agravaram seu quadro médico.
No processo, o jogador dizia que foi forçado a treinar mesmo lesionado, o que teria agravado sequelas e o afastou não só do clube, mas do futebol. Ele pretende que o clube o repare por dano material, dano recorrente da perda de uma chance e o dano moral, além de custear seu tratamento fisioterápico.
O Santos, por sua vez, apontou prescrição, já que tudo isso ocorreu em 2021, além de ausência de descumprimento de recomendações médicas por parte de Pássaro, ausência de agravamento da lesão por causa dos treinamentos e a inexistência de danos.
Ex-companheiro de Endrick na base do Palmeiras, quando chegou à Vila Belmiro, em 2019, passou a enfrentar problemas no joelho, que começaram depois de pancada sofrida em um treino em fevereiro de 2021. A partir daí, alega que "nunca mais foi o mesmo".
Foi diagnosticado com um quadro de tendinite patelar, com solicitação do médico para que reduzisse o impacto por uma melhora na reabilitação. Porém, segundo o jogador, o clube não seguiu as recomendações e o submeteu a "cargas exageradas de fisioterapia, bem como treinamentos e competições, gerando impactos consideráveis em seu joelho".
O atleta dizia que o Santos mandou que retornasse às atividades apenas 2 dias depois, ignorando os médicos, piorando o quadro clínico. Meses depois, foi dispensado pelo clube da Vila Belmiro "sem qualquer amparo".
Para a Justiça, contudo, "não se tem notícia de que a referida dispensa tenha alguma relação com a lesão do autor, até porque nem sequer havia algum diagnóstico fechado". Além disso, um perito disse que os treinamentos aos quais o autor foi submetido não agravaram a lesão e o quadro de tendinite patelar encontra-se resolvido.
Depois de dispensado, o jogador apontou que não teve dinheiro para seguir o tratamento do joelho e não conseguiu mais clube para jogar. Acabou virando entregador de pão para se sustentar e sem condições de arcar com as consultas médicas e sessões de fisioterapia para se recuperar e voltar a jogar.
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