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Corinthians diz à Justiça que não pagou KPMG por falta de notas fiscais

O Corinthians enviou nesta quinta-feira (22) uma notificação à Justiça se defendendo do processo movido pela KPMG e tentando evitar que um bloqueio em suas contas bancárias seja mantido e prejudique o funcionamento do clube.

Segundo petição ao qual a coluna teve acesso, o Corinthians apontou que não pagou o débito com a KPMG pois não recebeu as notas fiscais referentes aos valores cobrados pela empresa. Assim, o clube entende que a dívida não existe.

Diante dessas alegações, o clube apontou que o bloqueio de suas contas bancárias pode causar "danos irreparáveis" para o pagamento dos salários de seus cerca de 1000 funcionários, entre atletas e prestadores de serviços, além de acordos judiciais.

O clube também diz que ainda "ressente os efeitos da pandemia, que lhe causou redução drástica de receitas e impôs um cenário caótico às suas finanças". O Corinthians, então, pediu um efeito suspensivo à penhora de suas contas bancárias.

Entenda o processo

A KPMG prestou serviços de auditoria ao Corinthians entre maio de 2021 e dezembro de 2023, com o objetivo de reestruturar as contas do clube. Como não recebeu os cerca de R$ 1,5 milhão prometidos, entrou com um processo que corre no Foro do Tatuapé, no Tribunal de Justiça de São Paulo.

No fim de julho, a empresa obteve uma decisão favorável na Justiça, que determinou a penhora das contas bancárias do Corinthians, condicionada à apresentação de uma planilha com a dívida atualizada por parte da KPMG.

A empresa o fez no dia 7 de agosto. No total, segundo os cálculos da KPMG, o Corinthians lhe deve exatamente R$ 1.690.639,16, com juros e correção monetária.

O Corinthians afirmou que não comenta processos judiciais em trâmite.

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